terça-feira, 13 de dezembro de 2005

TRANCANDO E PERDENDO A CHAVE



Mais um ano está chegando ao fim. Como passou rápido.

Não posso dizer que foi um ano promissor, mas também não foi de todo ruim. Agradeço por tudo que aconteceu, até mesmo os tropeços que dei.

Nos últimos dias comecei a refletir sobre experiências, atitudes que se tornaram recorrentes na minha vida e principalmente no campo sentimental. Percebi o quanto algumas atitudes só me levam para o buraco e resolvi que tenho que mudar.

Bom, isso já é um ponto positivo. Perceber onde erro e decidir mudar.

Costumo me entregar a sentimentos que eu sei que não vai dar em nada e a única que sai ferida da estória sou eu. Ingenuidade, burrice mesmo, eu sei.

Tem uma frase que diz: Esperança é arriscar-se a ter decepções. E ao ter esperanças de que alguma coisa possa ser diferente, de que de repente aquele sentimento seja recíproco, compartilhado, vem a decepção. E haja decepções...

Não adianta me apegar a estas pequenas esperanças e viver me decepcionando. Imaginar que podemos ser importantes na vida de alguém, acreditar nisso, e depois descobrir que podemos ser apenas mais uma.

A culpa não é da outra pessoa e sim minha, porque não há promessas, apenas uma entrega unilateral.

A decepção não é com o outro e sim comigo, por me deixar levar por estas situações.

Seria fácil culpar o outro quando nós somos os verdadeiros culpados.

Somos nós que nos deixamos levar.

Somos nós que fantasiamos.

Somos nós que nos iludimos.

O outro não nos ilude, nós é que ficamos cegos e preferimos criar uma fantasia.
Decidi que não quero mais fantasiar.

Entro em situações achando que calculei bem os riscos. Sim, calculados e muitas vezes subestimados e é nessa que me ferro.

Sou sentimento à flor da pele. Intensa no sentir. Mas acho que vou deixar que ele( o sentimento) se expresse apenas nos meus textos.

Resolvi que vou trancar meu coração e esconder a chave, para que nem eu saiba onde ela está.

Piegas isso, não é mesmo? Mas quem não foi piegas em algum momento da vida que atire a primeira pedra.

Estou deixando de lado o meu espírito apostador. Quando perdemos mais do que ganhamos é hora de parar de apostar, antes que seja tarde demais.

E assim pego as fichas que me restaram, saio do recinto e quem quiser ocupar o meu lugar que fique a vontade, mas lembre-se: em todo jogo alguém sempre perde.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

FAXINA

Hoje resolvi me livrar de algumas coisas que só ocupavam espaço.

Comecei pela quantidade de papéis velhos que vão se acumulando durante os anos e que de alguma forma sempre encontrei dificuldade para me desfazer deles.

Penso que, ao guardar, eu conseguiria eternizar aquele momento da minha vida.

Alguns até agora não entendo porque guardava ( acreditem, ainda tinha apostilas do tempo da faculdade), outros me fizeram relembrar algo como por exemplo, o programa da minha primeira apresentação de ballet ( deste não consegui me desfazer, continua guardado), ou o cartaz que fizeram em um dos meus aniversários "surpresa" com palavras que me arrancaram um sorriso e trouxeram muitas lembranças daquele dia, ou ainda uma flor seca, cartões, desenhos....

Dizem que acumular estas coisas fazem as energias ficarem estagnadas.

Bom, se elas ficam estagnadas ou não isso eu não tenho certeza, mas eu sei de uma coisa, o espaço livre aumentou consideravelmente...rs.

Não são estes papéis velhos, amarelados pelo tempo que deixarão vivas as lembranças. Elas estão dentro de mim. Sinto que os guardava como se assim eu pudesse materializar tais lembranças.

A verdade é que, não importa papéis, não importa objetos, as lembranças ficarão aqui dentro de mim eternamente.

Os momentos é que são importantes. Estes é que se eternizam.

É preferível ter uma "arca" escondida dentro de nós e deixar lá guardadas as nossas lembranças, os nossos momentos felizes do que acumular papéis, cacarecos ou seja mais lá o que for.

Estas arrumações são sempre positivas. De certa forma acredito sim que as energias ficam estagnadas, por isso pensei em algo maior. Penso que devo aproveitar este momento para fazer uma arrumação interior. Tirar de dentro de mim tudo aquilo que está pesando. Lembranças ruins, mágoas, arrependimentos...pesos que se tornam desnecessários.

Acredito que esse seja um momento ótimo para fazer isso. Final do ano, época em que costumamos rever tudo aquilo que passou, rever erros e acertos.

Fazendo essa arrumação, me livrando deste peso desnecessário na alma, estarei abrindo espaço para que coisas novas possam acontecer na minha vida.

Que tal você também fazer uma arrumação assim?

Vamos jogar tudo que não está mais nos servindo e vamos abrir espaço para novas conquistas, novas vitórias, novos sentimentos, novas alegrias.

Façamos isso antes que seja tarde demais e iremos perceber o quanto será significativo esta limpeza em nossa vida

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

SUPER-HERÓI

O texto de hoje não é de minha autoria e sim de um amigo muito querido.

Assim que o li pedi permissão para publicá-lo pois achei muito interessante a analogia feita por ele e, principalmente, por nos mostrar que todos podemos ser super-heróis.

Vale a pena ler este texto e refletir sobre o que está escrito.

Ler principalmente com o coração.



SUPER-HERÓI


Desde minha infância, sempre fui fascinado pelos super-heróis dos quadrinhos, principalmente o Superman, que, único sobrevivente de um planeta extinto, Krypton, estaria estava acima das vicissitudes terrenas, pois podia voar, correr em altas velocidades, enxergar através de paredes e destruir objetos por um simples olhar. Eu realmente queria ser um super-herói como esse. Ser Superman é estar, pelo menos, no andar de cima da humanidade.

Passada a infância; a admiração e o desejo não. Tomado siso de mim, me perguntava como eu poderia voar em busca de bandidos pra prender, de balas perdidas pra deter, de ver através das coisas; enfim, de como essa simbologia fictícia poderia ter alguma aplicação de verdade, enquanto o Superman ia definitivamente se fixando em mim. Isso levou as pessoas pensarem que a infância se manteve inalterada.

Percebi então que eu tinha adquirido alguns dos poderes do Superman: passava em alta velocidade e acima dos problemas dos menos afortunados, dos pedintes de rua, das crianças abandonadas; enxergava através da dor dos problemas de quem vara madrugadas nas filas de hospitais ou em leitos de oncologia infantil; que meu corpo, e, ao que parece, principalmente o coração, também se tornaram de aço.

Talvez eu tivera a sorte de ser exposto a alguma kryptonita, que, ao invés de me matar, me salvou. Diminuídos os poderes, pude ver e sentir o que antes era impossível.

Percebi que o verdadeiro super-herói, o Superman que o mundo de hoje precisa, não é o dos quadrinhos, dedicado a combater o crime. Isso é trabalho de polícia, promotores e juízes; outro tipo de heróis.

O Superman que o mundo de hoje precisa é o homem normal, dotado unicamente dos super poderes de estar sempre alerta para o próximo, que voa na velocidade do pensamento e usa sua visão de raios-X, para procurar quem precisa de um pneu ou carona na rua, que usa sua visão de calor para dar o cafezinho com pão pra quem se refrigera na madrugada de uma fila, a comida para quem tem fome, o super sopro para dar a palavra amiga ao desesperado, a orientação ao infante, o ânimo ao doente e a certeza de amparo ao abandonado social.

Ao menos essas características são comuns aos Superman´s dos quadrinhos e da visão ideal: eles se doam, às vezes mais do que podem, pelo simples amor à humanidade.

Percebi, afinal, que eu posso ser esse Superman. E o melhor de tudo é que você também pode!

Se bem me recordo, o primeiro deles foi um homem simples, mas de muito amor no coração, que andou pela Terra dando seu exemplo, há uns dois mil anos.




Alan Dias Barros
Natal/RN, em 30 de novembro de 2005.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

COMEÇANDO A COMEMORAR

Finalmente estou de volta ( como ando relapsa com meu blog )

Hoje não vou escrever nenhum texto baseado em experiências vividas por amigos, não colocarei nenhum texto reflexivo, não falarei de amores, falarei de mim.

Domingo, 27, é o meu aniversário (aceito presentinhos..rsss...por isso já estou avisando com antecedência que é para todos se organizarem..rs) mas já recebi uma homenagem da minha prima Kall que já me "força" começar a comemoração a partir de hoje...rss

É tão bom sentir o carinho que recebemos das pessoas, isso nos dá ânimo para continuar a caminhada.

Geralmente não costumo comemorar meu aniversário. É uma data que para mim, há muito tempo,nunca está completa desde que meu pai desencarnou.

Sempre comemorávamos juntos pois ele fazia aniversário no dia 28. Mas sei que ele não quer que eu me sinta assim, por isso bola pra frente.

Nossa, fico aqui pensando como o tempo passa rápido e já estou entrando nos 3.5 (mas me sentindo uma adolescente...rs)

Penso: o que eu tenho pra comemorar?

Poderia enveredar por uma senda escura onde falaria das agruras da vida, de todos os projetos não realizados, dos amores perdidos, etc.

Mas sabe, tudo bem se não estou realizada profissionalmente, se minha filha está dando trabalho, se ainda não encontrei alguém,porque o que importa mesmo é que estou VIVA.

Viva para poder continuar a trilhar os caminhos que me levarão ao encontro de tudo aquilo que desejo.

Viva por ver sempre um novo dia nascer.

Viva para continuar sonhando.

Viva para continuar a quebrar a cara mas aprender com isso.

Viva para lidar com amores e desamores.

Viva para recomeçar.

Viva para poder estender a mão para quem precisa.

Viva para apreciar a lua.

Viva para apreciar as coisas simples da vida e que nos fazem tão bem.

Viva para estar ao lado das pessoas que amo.

Viva para compartilhar minha vida com pessoas maravilhosas, sejam estas virtuais ou reais, porque o carinho...ah, este sempre é real.

E querem saber, resumindo tudo....

Viva para ser FELIZ!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

CONVERSANDO COM UMA AMIGA....

Semana passada estava conversando com uma amiga e ela me falava do vazio que sentia por não ter encontrado a pessoa destinada a ela. A famosa tampa da panela, a outra metade da laranja, a alma gêmea. O assunto começou depois que ela me mostrou a comunidade no Orkut "Eu sei que você existe".

Bom, fico aqui pensando nesse assunto que tantas vezes já escrevi e sempre tiro uma nova conclusão.

Nos detemos demais na busca do outro e esquecemos de nós mesmas. Buscamos sempre a relação perfeita mesmo sabendo que elas não existem ( somente em contos de fadas). E nós, mulheres, por nossa característica singular, costumamos dar vazão ao romatismo, verbalizando, sonhando com o "príncípe encantado",mas não podemos esquecer que a realidade é bem diferente daquilo que costumamos sonhar e muitas vezes são os "sapos" que irão preencher o vazio que sentimos.

O que precisamos é estar abertos para o relacionamento, mas para isso precisamos descobrir alguém muito importante e que irá ajudar bastante nessa "busca" que somos nós mesmas. Antes de procurarmos a alma gêmea, devemos descobrir nossa alma e perceber como somos realmente.

O problema é que por sabermos que existe alguém destinado a nós, ficamos esperando
passivamente esse encontro. Muitas vezes passamos por ele e nem nos damos conta, exatamente por idealizarmos demais.

Acreditamos que iremos encontrar alguém igual a nós e esquecemos que as diferenças fazem a relação, pois iremos aprender muito com o outro.

Pensamos que iremos encontrar a pessoa perfeita. Não adianta, não iremos encontrar alguém que preencha todos os requisitos que previamente definimos e também não irão atingir todas as nossas expectativas. Precisamos perceber que estas diferenças são estímulos para o relacionamento.E acredito que é através destas diferenças que poderão se completar.

Essa minha amiga acha que não encontrará a sua outra metade nessa vida por não ter conquistado esse direito em vidas passadas. Mas como ter essa certeza?

O que seria a nossa "alma gêmea"?

Seria a princípio aquela pessoa com quem nos damos muito bem, parece que conhecemos há muito tempo mesmo que esse tempo não passe de uma semana,é aquela pessoa com quem temos uma sintonia, que nos engrandece, nos ensina e nos ajuda a crescer,que nos conhece melhor do que nós mesmos,existindo a reciprocidade,entre outras tantas características. Ao encontrar alguém assim esperamos tê-lo como companheiro,pensamos em construir uma vida ao seu lado e viver feliz para sempre(típico conto de fadas).

Mas espera, será que a relação com essa pessoa é eterna?

Podem acontecer tantos percalços pelo caminho que poderá separar estas duas metades novamente. E quem garante que essa alma gêmea será a pessoa que, afetivamente, teremos uma relação? Ela pode estar ao nosso lado de uma outra maneira, pode ser um irmão, mãe, pai, amigo...por isso acredito que não existe apenas uma alma gêmea.

Temos sim almas afins com quem podemos desencadear qualquer tipo de relacionamento.
Em toda nossa existência haverá o reencontro. Eu tenho praticamente a certeza de alguns reencontros nessa vida. Acredito até mesmo que tenha encontrado a minha tampa e a tenha perdido em muitas das minhas mudanças.

Já me apaixonei à primeira vista. Senti aquele frio na espinha quando nossos olhares se cruzaram, ao conversar parecia que nos conhecíamos há muito tempo, da conversa fluir naturalmente por horas e não querer sair de perto dessa pessoa. Passamos dois anos maravilhosos, mas que se perderam.

Ninguém (ainda)preencheu realmente esse vazio que se fez, mas não vou deixar de viver e achar que não poderei preencher.

Nos tornamos tão fatalistas achando que nunca iremos encontrar alguém que irá nos fazer bem,que nos amará de verdade e deixamos de ver o colorido da vida. Deixamos de perceber que pode ter alguém do nosso lado que poderá nos fazer feliz, só basta darmos uma chance.

Costumamos apostar nossas fichas em relacionamentos lúdicos e acabamos nos decepcionando e a cada decepção o vazio aumenta e parece que nossas forças se perdem no caminho.

Essa busca obssessiva por aquele que irá preencher esse vazio nos veda os olhos muitas vezes. Não podemos deixar de acreditar que o vazio irá ser preenchido. Que aquela dor que sentimos não irá passar.

O que precisamos mesmo é crescer e acreditar em nós mesmos. Acreditar que para sermos felizes não dependemos de outro. Acreditar que no dia que o outro chegar em nossa vida será para completar essa felicidade.

Recadinho para minha amiga: olha, sei o que sente. Sei como dói a decepção. Sei como ficamos sem chão quando nos descobrimos enganadas, ludibriadas, feridas. Sei como é difícil descobrir que aquele sentimento que acreditava ser tão forte e verdadeiro não é aquilo que esperava. Dói, dói muito. Mas não deixe nunca de acreditar que ali na esquina você pode esbarrar em alguém que irá completar a sua felicidade. Mas acredite em você, na sua força. Esse vazio fica cada vez maior quando você faz com que ele tome conta de você,quando deixa ele mandae em você. Acredite, você é que manda nele.

Sabe o que acontece quando ficamos esperando essa nossa "tampa da panela"? Olha aí a foto..rs

terça-feira, 8 de novembro de 2005

"A VIDA É A ARTE DOS ENCONTROS EMBORA HAJA TANTOS DESENCONTROS PELA VIDA"

Depois de ler uma carta que um amigo escreveu para a pessoa que ama, me veio essa frase do grande poeta Vinícios de Moraes: "A vida é a arte do encontro embora haja tantos desencontros pela vida..."

Fico aqui pensando em como as pessoas podem complicar suas relações por "n" motivos. Deixam que o medo, a intolerância,o orgulho se coloquem em seus caminhos e deixam de viver algo tão maravilhoso que é amar e ser amado.

Por que as pessoas conseguem destruir sentimentos tão bonitos?

Por que perder tanto tempo com brigas, indecisões?

Há uns dias venho pensando também no que já deixei para trás por orgulho, imaturidade. Lembro de ter deixado um amor escorrer entre os dedos como grãos de areia. Na época era imatura e não sabia a grandiozidade daquilo que sentia e até hoje ninguém conseguiu preencher este vazio que existe dentro de mim.Algumas vezes penso que estou perto de preenchê-lo, mas algo acontece e todas as ilusões vão por água abaixo.Acho que a resposta é exatamente essa: ilusões...rs.Mas acredito que o tempo nos trás respostas, e hoje já encontrei algumas.

Nada como um dia após o outro, não é mesmo? E como dizem: sou brasileira e não desisto nunca..rs.

Um dia alguém me descobre..rs (esperança também é a última que morre..rs)

Voltando ao assunto...

Vamos combinar uma coisa: qual é o amor que dura quando se discute o tempo todo, por motivos estúpidos ou quando deixam os problemas crescerem sem fazer nada a respeito disso?

Qual é o amor que aguenta cobranças, marcação cerrada?

Relacionar-se não é nada fácil, principalmente quando se tenta dominar o outro. Acho que a chave é o companheirismo,a cumplicidade, o respeito. Não adianta sufocar. Quem aguenta se sentir sufocado?

Acho que devemos deixar o outro à vontade para que assim ele se sinta leve e se sentindo assim não vai querer sair de perto. Porque você estará mostrando que o respeita como ser humano.

Quando digo à vontade quero dizer que não devemos querer mudar o outro para que se encaixe no estereótipo idealizado. Cada um tem sua forma de ser, de agir, de pensar. Cada um tem o seu tempo e isso não quer dizer necessariamente que o tempo do outro seja o mesmo que o nosso.

Acho que se as pessoas passassem a enxergar o outro como é, poderia aprender muito e assim preservar a relação e evitar tantos desentendimentos, dúvidas, medos e desencontros.

Costumamos falar: a vida é muito complicada. Será? O problema não é a vida ser complicada e sim nós complicarmos a vida.

Eu fico aqui pensando, por que as pessoas quando passam por uma crise em seus relacionamentos não fazem uma reconstituição desde o início da relação?

Um exemplo,por que não pára um momento e reflete sobre a situação em questão. Porque não pensa no motivo que levou até aquilo. Dialogue, não faça um monólogo.

A relação está monótona ou parece que houve desencontro nos caminhos? Relembre o início de tudo, o que te fez amar aquela pessoa, o que você viu nela que te fez acreditar que aquela pessoa era quem você queria ao seu lado? Por que não tenta resgatar aqueles bons tempos do início do namoro, onde tudo é descoberta? Redescubra a sua relação.

Se nada disso adiantar, se cada um seguiu um caminho diferente, é melhor mesmo cada um seguir o caminho que escolheu.Mas com a consciência de que tentou de todas as formas resgatar o relacionamento e não apenas deixou escapar por entre os dedos.

sábado, 5 de novembro de 2005

UM RECADO

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:consolar, que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

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Como podem perceber,comecei diferente o post de hoje.

Acho linda esta oração de São Francisco e queria compartilhar com todos, principalmente com uma pessoa que sei que me descobriu e desde então visita o meu blog diariamente: Vera ( minha irmã ).

Confesso que, ontem, ao saber que você havia me descoberto através do orkut fiquei bastante apreensiva e não foi a melhor sensação que tive nos últimos tempos.E acredito que você ache compreensível depois de tudo o que aconteceu e principalmente depois do que a sua mãe fez com a minha.

Gostaria de acreditar que tudo o que você falou com a minha amiga fosse verdade.

Gostaria de acreditar que realmente exista um sentimento bom dentro do seu coração no que diz respeito a mim e à minha mãe.

Gostaria de acreditar que você não compactua com o que tem acontecido.

Não entendo quando diz que tentou entrar em contato comigo e eu não respondi. Quando foi isso? Se você teve acesso ao meu orkut, se você teve acesso ao meu e-mail, não entendo como pode ter dito a ela que eu não te respondi. Respondo a todos que entram em contato comigo. Mas se você quer realmente falar conosco, mande-me um e-mail. Não tenha receio.

Ontem, realmente, fiquei abalada ao saber que você me acompanhava aqui no blog. Ao me deitar, orei e pedi serenidade para conseguir compreender a situação. Pedi a Deus forças para não sucumbir diante daquilo que estava sentindo no momento. Pedi a Deus paz no meu coração para que assim pudesse pensar com clareza sobre tudo.

Havia combinado com a minha amiga de deixar o assunto morrer, mas algo me diz que precisamos mesmo ter esse contato senão a vida não nos colocaria novamente uma no caminho da outra. Ela é cheia de sinais e devemos prestar atenção neles.

Você me encontrou através deste mundo virtual, conheceu uma grande amiga minha de infância e através de você ela entrou em contato comigo. Algo conspira. Então precisamos saber o que a vida está querendo nos dizer.

A internet tem sido um canal por onde tenho recebido muitos sinais e mensagens, uma delas, do nosso pai ( a qual tive confirmação há alguns dias atrás).

Enfim Vera, se você realmente deseja entrar em contato conosco, mande um e-mail, deixe um recado no orkut e se deixar aqui no blog, deixe seu e-mail.Veja a maneira como você prefere e assim poderei responder.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

MONTANHA-RUSSA


Dormi mal.

Seis da manhã já estava fora da cama. Precisava fazer alguma coisa para não ficar pensando naquelas palavras de ontem. Lavei quintal, móveis, grades, arrumei a casa e de nada adiantava. Elas ficavam martelando, martelando.

Tentei ler....reli várias vezes um mesmo capítulo, nada era absorvido.

Tentei dormir...revirava o tempo todo.

Confesso, aquela conversa me chateou e mexeu muito comigo. Cheguei a ficar magoada, mas a mágoa não nos faz bem. Tento ser altruísta e limpar meu coração de qualquer sentimento de mágoa que nele possa querer se instalar.

Não, não deixarei que se instale, por isso a melhor maneira de desafogar isso que está aqui dentro, me sufocando,doendo, é escrever.

Como sempre é através da escrita que consigo perceber melhor aquilo que estou sentindo. Tento organizar minhas idéias tão desordenadas.

Li uma frase que acredito caber perfeitamente nesse momento: "Aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer sobre."

A vida é realmente como uma montanha-russa,numa hora estamos subindo, subindo, eufóricos e de repente descemos bruscamente, sentindo aquele frio na barriga. Eu não gosto de montanha-russa, não quero me sentir em uma e ontem senti esse frio na barriga.

Tenho percebido que ainda preciso aprender muito. Deixar de ser ingênua, achando que ao ser sincera as situações podem ser mais fáceis.

Um dia aprendo a prestar mais atenção no meu sexto sentido e quando ele me avisar que algo irá acontecer, tentarei evitar.

Às vezes brinco dizendo que tenho uma missão, ajudar as pessoas, recuperá-las, ajudá-las a enxergar que a vida tem muito a oferecer e quando elas conseguem, minha missão acabou.É hora de bater em retirada. Assim evitaria algumas consequências.

A vida é engraçada mesmo...

Não, na verdade ela não é engraçada, nós é que fazemos dela um circo.

E mais uma vez digo:como as palavras têm poder. É incrível como elas podem mudar uma situação de uma hora pra outra.

Sintonia, afinidade pode não ser tudo. Respeito, carinho e sinceridade também. Como sou tola, achava que tudo isso fazia diferença!

Algumas pessoas acham que certas atitudes que tomam irão evitar que o outro se magoe, mas inconscientemente está fazendo exatamente o contrário.

É, muitas vezes magoamos o outro sem saber.

Mas tenho aprendido dia após dia que a mágoa é um sentimento ruim, que só prejudica a nós mesmos, por isso não quero mais sentir isso e por isso precisava mesmo escrever.Acredito que é desta forma que Deus me inspira, sempre me sinto melhor depois disso.

Sei que amanhã é um novo dia, o sol brilhará novamente, novas experiências e sempre um novo aprendizado.

A mágoa que estava se instalando está sendo dizimada. Nada como fazer da escrita uma terapia e perceber que nossos problemas são tão pequenos e não precisam tomar as proporções que costumam tomar quando não aprendemos a lidar com eles.

Quero meu coração leve, sem ressentimentos, sem dor, porque a vida é para ser vivida da melhor forma e quando nos apegamos a sentimentos pequenos, acabamos deixando de viver. E a vida pulsa dentro de mim.

Não quero perder aquilo que me fez tão bem durante os últimos tempos, mas guardarei na lembrança todos os momentos. Quero que seja feliz, assim como eu também serei. Afinal, como escrevi anteriormente a felicidade não está no outro e sim dentro de nós mesmos.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

DA FANTASIA AO ENRIQUECIMENTO PESSOAL, VIROU SAMBA DO CRIOULO DOIDO...

Estava a pouco pensando no que escrever e a princípio me veio o tema fantasias. A idéia foi tomando corpo depois de ler um artigo, mas me levou a pensar nas minhas experiências e em tudo que me trouxe enriquecimento pessoal.

O que uma coisa tem a ver com a outra? De uma certa forma são interligadas, porque quando nos falta essas vivências que nos trarão algo enriquecedor, acabamos fantasiando e supervalorizando situações que não aconteceram.

Meio complicado?Talvez hoje não esteja sendo muito clara, mas continuando...

Voltando as experiências de vida, muitas delas podem estar carregadas de sofrimento, mas elas nos enriquecem porque acumulamos informações que se soubermos,tivermos condições, podemos tirar grandes lições.Por exemplo, a saudade.

A saudade pode ser uma lembrança dolorosa mas com ela podemos aprender a valorizar aquilo que é bom ou não para nós. Aprendemos o que foi importante ou quem foi importante em nossa vida. E a partir dela nos tornamos capazes de identificar e evitar perder aquele ou aquilo que tenha passado em nossa vida e que deixamos partir (ou perdemos) por imaturidade, ignorância ou incapacidade de dar o devido valor.

Por isso digo que a dor pode ser um aprendizado.Muitas vezes aprendo mais com ela do que com as alegrias.

As lembranças podem nos ajudar a evitar cometer os mesmo erros. Nos ajudar a fazer as escolhas corretas, os caminhos que devemos seguir, evitando dores pelas quais já passamos.

Na teoria tudo é muito fácil, a prática se mostra muitas vezes completamente diferente. Eu mesma digo a mim mesma ,depois de uma experiência ruim, que nunca mais seguirei aquele caminho e quando me dou conta já estou seguindo a mesma estrada.

Ilusões...muitas vezes sofremos pelo que nem chegou a acontecer. Imaginamos oportunidades perfeitas, mas que por algum motivo perdemos ou ainda lamentamos um encontro com aquela pessoa tão especial que de certa forma se perdeu no caminho e acreditamos nunca mais encontrar alguém à altura. Com isso vamos nos aprisionando às ilusões e perdemos a oportunidade de encontrar no real algo ou alguém que passará a nos enriquecer com novas experiências.Podem não ser da grandeza de nossos sonhos, mas serão reais, e aí está toda a diferença.

Por vezes são as faltas dessas vivências que nos levam a fantasiar e quando nos damos conta que não vale a pena supervalorizar estas situações, devemos sair dessa nostalgia sem tentar repreduzi-las,acabamos por nos livrar e poderemos olhar para o futuro.

O que nos leva muitas vezes a nos apegar a estas lembranças, sonhos,ilusões, fantasias, seja lá qual nome damos, é simplesmente o medo do desconhecido.

Olhar a vida de frente, com coragem de encarar os nossos temores, nos dará confiança e esperança de que podemos mudar nossos caminhos. Escolhê-los da melhor forma nos enriquecerá e descobriremos que podemos encontrar a felicidade. Mas precisamos, antes de tudo, nos darmos conta que a felicidade não está em alguém ou em algo mas sim dentro de nós. É preciso apenas nos conhecer e descobrir que passamos tanto tempo em busca dela e ela está alí, ao nosso alcance, mas vivemos na ilusão de que está tão longe e difícil de se conquistar.

E assim seguimos pela vida: passando por novas experiências, todos os dias nos enriquecendo,seja com experiências boas ou ruins, com saudades ou com ilusões....mas vivendo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

A VIDA NOS SURPREENDE SEMPRE

Quando penso que conseguirei manter as atualizações menos espaçadas acontece algo que me impede...rs.

Não é por falta de vontade, mas nestes últimos dias foi por pura falta de tempo mesmo.

Viajei a trabalho e fiquei todos estes dias ausente daqui do meu canto e das visitas aos amigos.

Como a vida nos surpreende não é mesmo?

Quando menos esperamos, quando estamos prestes a sucumbir diante das dificuldades, das incertezas algo maravilhoso acontece. Deus é maravilhoso e não nos desampara, basta termos fé de que as coisas melhorem e acreditar que o amanhã pode ser diferente, nos trazendo novas esperanças, novas perspectivas.

Domingo retrasado estive muito mal, melancólica e essa sensação perdurava ainda até a terça-feira. Estava lutando contra um sentimento que já se apossou de mim e sabia que dependia apenas de mim não acontecer novamente, não me deixar levar ao fundo do poço.

Foi uma junção de várias coisas, de vários sentimentos que simplesmente minou minhas forças. Foi o momento de me recolher e repensar minha vida nos últimos tempos, meus sentimentos diante de alguns acontecimentos.

Foi o momento em que virei pra mim e disse: Ei mocinha, você está seguindo pelo caminho errado, está na hora de você pegar novamente as rédeas da sua vida, em todos os sentidos, e não se deixar levar por caminhos nos quais você já se machucou e viu que não vale a pena.
Quem me conhece sabe que sou apaixonada pela lua, todas as suas fases, mas quando ela está em toda a sua plenitude, parece mexer mais comigo. E na terça, fiquei lá fora, no quintal, sentada , conversando com ela - é, converso horas com essa minha amiga, que da sua forma me trás conforto, respostas. Louca? É , podem me chamar disso.

O fato é que ao conversar com ela, contar minhas amarguras, minhas decepções,dividir a minha dor e dúvidas, as lágrimas secavam e eu me sentia mais aliviada (na verdade, a lua se torna elemento figurativo porque sei que minhas palavras são absorvidas por aqueles que me iluminam).

E aí entra a questão da vida nos surpreendendo.

Enquanto estava nesse "papo amigo" , o telefone toca e tudo muda, a esperança volta e o sorriso se torna fácil. Voltei a me sentir produtiva, com perspectivas, fazendo algo que gosto e sei fazer bem. A semente foi plantada e os frutos serão colhidos.

Por isso digo, não podemos perder nunca as esperanças, por mais difíceis que sejam as situações, algo bom irá acontecer e acredito também que tudo tem o seu tempo certo. Podemos achar que por algo não ter acontecido em uma determinada época, que somos injustiçados. Mas aquilo que é nosso será, cedo ou tarde, mas será. Não importa se percorremos caminhos tortuosos, se encontramos pedras enormes, se carregamos um peso enorme tornando a viagem mais difícil, o importante é ter FÉ e ACREDITAR.

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

UM LUGAR...

Um pouco mais cedo escrevi algo que infelizmente, ou felizmente, perdi. Pelo jeito não era pra ser. Como disse que aqui seria o lugar onde deixaria minhas palavras soltas ao vento, parece que ele as devolveu.

Um gatilho acionou lembranças e não me deixaram tão bem quanto deveriam ter deixado após escrever. É o que geralmente acontece, me sinto bem quando consigo tirar de dentro de mim aquilo que me sufoca, que me dói. É como um grito silencioso.

Em uma nova tentativa, saiu o que se segue....não muito diferente do teor do anterior...



Criei um Lugar....

Eu criei um lugar onde o sol brilha todos os dias
Onde os sorrisos são constantes
Onde o vazio não existe
Onde o medo não tem vez.

Eu criei um lugar
Onde fugas não existem
Onde viver cada momento é o mais importante
E estes se tornam eternos.

Eu criei um lugar
Onde o amor existe
E é sempre correspondido
Não existindo despedida daquele que queremos ao nosso lado.

Eu criei um lugar perfeito
Onde os sonhos existem
Onde eles se realizam
E a felicidade nos invade.

Eu criei um lugar
Onde finalmente encontrei a felicidade
Onde finalmente encerrei minhas buscas
Onde finalmente fui amada
Correspondida em todo o meu sentir.

Eu criei um lugar
Onde não há dúvidas
Onde não há incertezas
Onde não há desespero.

Eu criei um lugar
Onde não me sinto sozinha
Onde não me sinto machucada
Onde não me sinto perdida.

Eu criei um lugar
Onde me descobri no coração de alguém
E não apenas alguém no meu
Onde as lembranças chegam
Sem deixar dor no coração.

Eu criei um lugar
Onde os fantasmas não me assustam
Onde não desisto dos planos mais ousados
E não aborto meus desejos.

Eu criei um lugar que não existe
Pelo simples fato de viver em um lugar
Onde a realidade não deixa espaço para os sonhos.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

PRODUZINDO NOSSAS PÉROLAS

Todos passamos por fases na vida. Fases em que nos sentimos feridos, amargurados, achando que nada dá certo e passamos a desacreditar nos sentimentos. Nos fechamos e passamos a não querer enxergar o que de bom pode estar nos acontecendo.

Nos fechamos dentro de nós mesmos como conchas. Não acreditamos nas novas oportunidades que a vida nos oferece todos os dias.

Um exemplo: passamos por vários relacionamentos que não deram em nada depois de apostarmos todas as fichas. Estes nos deixaram apenas feridas, cicatrizes e por causa disso os usamos como parâmetros para os relacionamentos posteriores.

Acredito que devemos deixar o passado no passado. Não devemos ter medo de encarar o novo.Devemos deixar as feridas, as mágoas, as decepções lá atrás e viver o que a vida nos oferta.

Todas as experiências são válidas para o nosso aprendizado,para o nosso crescimento interior.

Se fechar dentro de si é importante em determinadas épocas. Mas vamos nos fechar apenas para curar as feridas, nos fechar apenas para reavaliar. É um aprendizado doloroso, mas de tudo nós tiramos algo para crescermos como pessoa.

O tempo é o melhor remédio.

Nós temos uma imensa capacidade de nos regenerar e isso é o mais importante.

Se a vida nos dá novas oportunidades todos os dias, não devemos deixá-las passar sem ao menos tentar vivência-las. Somos puro sentimento e é inerente ao ser humano essa capacidade. Viver introspectivamente é não deixar a magia da vida agir por ela.

Devemos deixar o medo de lado,não deixar que ele nos paralize. Devemos acreditar em nós e em nossa capacidade de sermos sempre melhor, de sentir e de amar. Ninguém tem o direito de nos podar essas capacidades.

Se um relacionamento não deu certo, se um dia fomos enganada por belas palavras, não podemos achar que todos farão isso. É claro que um dia algo novo irá nos acontecer.

Então o importante é aproveitar as oportunidades sem pensar muito no futuro. Quando digo futuro, quero dizer, sem ficar pensando se poderá ou não dar certo, ou que poderá se ferir novamente.

Como dizem, o amanhã a Deus pertence. Vamos viver o momento e fazer dele algo delicioso, algo que poderá ficar em nossas lembranças, mesmo que esse momento seja fulgás.

Do que adianta cogitar o que poderá acontecer amanhã? A ansiedade de dar tudo certo, o medo de sofrer novamente, isso acaba minando o relacionamento antes mesmo de acontecer.

A vida deve ser vivida da melhor maneira possível e por que não fazer algumas loucuras de vez em quando?

Vamos nos permitir viver. Vamos ser egoístas e viver intensamente nossos sentimentos. Não deixar apenas a razão gritar,mas deixar o coração falar também e acreditar que existem pessoas que realmente querem viver o sentimento e não apenas brincar.

Para isso é preciso coragem de encarar tudo o que vem pela frente.

Vamos sair da concha.Vamos abri-la e descobrir dentro dela uma linda pérola.

Para quem não sabe, as pérolas são produto da dor, é uma cicatriz, resultado da entrada de uma substância estranha no interior da ostra. A parte interna da ostra é formada por uma susbtância chamada nácar e quando, por exemplo, um grão de areia penetra no seu interior, as células do nácar envolvem o grão com camadas e mais camadas de nácar, protegendo o corpo indefesso da ostra, criando dessa forma uma linda pérola.

A pérola é uma ferida cicatrizada.

Vamos levar esse exemplo da natureza para a nossa vida. Lembrar que a as ostras que não são feridas, não produzem pérolas. Vamos produzir nossas pérolas e viver.

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

O CIRCO

Depois de um longo inverno estou de volta...rs.

Confesso que ando muito preguiçosa no que diz respeito a atualização do blog, mas vamos lá...

Ontem, buscando algo interessante para assistir na tv acabei me detendo no programa Super Pop - ok, ok, não é um programa interessante e também não aguento mais do que 1 minuto de Luciana Lenta Gimenez - mas o que me fez parar ali foi a "acareação" entre o casal mais falado no momento.: Helen (ex-Fama) e Milton.

Bom, todos já conhecem a história em que Helen foi agredida covardemente pelo namorado. Um fato que poderia servir de lição para muitas mulheres que infelizmente passam por estas situações, foi transformada em um verdadeiro circo.

A minha opinião a respeito do que estou vendo, muitos não irão concordar. Como mulher deveria estar incondicionalmente ao lado da Helen, mas não estou. Bom, deixa eu me explicar...

Em primeiro lugar quero dizer que não estou julgando ninguém, até porque não temos esse direito, apenas estou dando a minha opinião. É muito fácil para nós que não estamos vivendo a situação dar algum pitaco. Mas vivi, ou melhor,tive uma relação que poderia ter seguido o mesmo caminho se eu não tivesse tomado uma atitude na época.

Voltando ao caso Helen e Milton, pelo que me pareceu ontem, existem detalhes pesados em todo o processo: agressões, pedofilia, incesto,traições....enfim,detalhes realmente dignos de um romance policial ou seria a la Nelson Rodrigues?

Não vou redimir a culpa do Milton. Ele foi covarde e ponto. Mas também não vou defender totalmente a Hellen. Ela é vítima sim, mas tudo isso chegou ao ponto que chegou por culpa dela também. Se na primeira vez que ela tivesse sido agredida ou, sendo mais complassiva, nas agressões posteriores ela tivesse denunciado , tivesse vergonha na cara e amor próprio, o fato teria sido encerrado há muito tempo.

Nada justifica agressão física, mas ela não era uma pessoa largada na vida, sem família, sem instrução, ela poderia ter pego as rédeas da situação, ter pedido ajuda, ter feito algo a favor próprio e não deixar chegar onde chegou e fazer dessa história uma forma de se promover e estar na mídia. Uma história que deveria estar servindo para ajudar pessoas que vivem a mesma situação está sendo tratado de forma irresponsável, como um verdadeiro.

Vejo várias contradições. Ela dizia que estava em cárcere privado, mas saía pra fazer show. Como pode? Será que ela não poderia ter pedido ajuda a alguém? Um dia ela diz que ele sempre foi ciumento, depois diz que foi apenas após o programa Fama? Tem que decidir né? E por que ela ligava para ele depois de tudo que aocnteceu? Ele a pegou fazendo "brincadeira" com o filho dele de 6 anos ( e que parece ter desencadeado essa agressão toda, pois consta nos autos). Ela diz que ele começou a bater nela para dar uma lição, mas não diz o motivo e ele a incita o tempo todo para que diga o motivo e ela não diz( o que nos leva a imaginar que poderia ser verdade o caso do filho). Acho que nessa história toda, os dois mentem demais e como disse o psicólogo que estava presente ao programa, os dois mentem com propriedade, os dois são doentes.

Hoje ela iria ao programa para cantar ( hummm está dando certo todo o merchan) e logo, logo veremos um cd dela nas lojas e não ficarei admirada se o tio "protetor" se torne seu empresário. Aí me pergunto: por que esse mesmo tio não fez algo para tirar a Hellen dessa situação?Ah, também não ficarei admirada se daqui a um tempo o casal se reconcilie. Vamos aguardar o desfecho dessa história.

Quando disse que isso quase aconteceu comigo, digo quase porque ele nem chegou a me tocar,mas teve a intenção. Algo que eu sempre dizia a ele era o seguinte ( pq ele já tinha histórico de violência), que no dia que ele tivesse a intenção ou chegasse a me tocar acabaria qualquer relação entre a gente. Porque sei que se eu deixasse o respeito acabaria e uma relação sem respeito não se sustenta.

O amor e o respeito que sinto por mim são maiores do que qualquer coisa.

Nós mulheres podemos ser frágeis (fisicamente) mas podemos reverter situações como esta. Não adianta imaginar que será diferente. Se deu uma chance e a violência aconteceu novamente, amiga, isso não vai mudar enquanto não tomarmos as rédeas. Temos que ter respeito por nós. Temos que ter amor próprio acima de tudo. Não devemos colocar o amor que sentimos pelo o outro na frente. Nós somos mais importantes.

Não podemos deixar o medo nos paralizar. A situação só se encerrará quando uma atitude for tomada. Infelizmente muitas ainda se calam,muitas têm medo, muitas ainda sofrem violência e sofrem silenciosamente. Temos que denunciar! Temos que tratar desse assunto com seriedade e não apresentar espetáculos circenses,como este que estamos assistindo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

SOLIDÃO




Solidão...

Por que muitos se assustam com ela?

Por que fazem dela um bicho de sete cabeças?

Para alguns a solidão é realmente assustadora. Assustadora por não saber conviver bem.

Assustadora por não saber tirar dela o que de bom ela pode oferecer.

Você pode estar se perguntando o que ela pode nos trazer de bom. E eu te respondo: muitas coisas.

Mas vamos por partes...

A solidão não é apenas esse monstro que costumam pintar,ela pode ser aquele minuto de paz que tanto precisamos. Pode ser aquele momento de instrospecção que precisamos para nos conhecermos melhor.

Há quem conviva bem e há quem simplesmente não conceba a idéia de ficar sozinho, nem que seja por um momento.

Eu acredito que a pior solidão é aquela em que estamos cercados de pessoas. Olhamos para cada uma delas e percebemos o quanto continuamos sozinhos.

O que isso estará acrescentando? No meu ponto de vista, nada. Pensamos que, ao estar cercado de pessoas, aquela sensação de vazio irá sumir.

Existem pessoas que não suportam a idéia de ficar só. Quando terminam um relacionamento, engatam em outro por não suportarem a solidão. Costumo chamar relacionamentos assim, de muletas. O típico relacionamento onde um estará se apoiando no outro por pura incapacidade de seguir adiante, sozinho.

Esse é o tipo de solidão que podemos criar por vários motivos, seja por insegurança, carência, falta de amor próprio, sei lá...mas sempre existirão motivos.

A solidão não é má quando fazemos dela algo que irá nos ajudar a crescer como pessoas. Podemos dizer que é uma solidão "saudável".

Sabe quando precisamos de um momento só nosso? Aquele momento de paz, de meditação, de nos colocarmos como os principais personagens da nossa vida. Muitas vezes esquecemos que somos os atores principais da peça chamada Vida e achamos que somos meros coadjuvantes, delegando os papéis importantes para outras pessoas.

Quando decidimos por esta solidão, ela não é dolorida, pois foi algo que buscamos.

Quando decidimos por esse momento só nosso, descobrimos que podemos ter uma companhia maravilhosa - nós mesmos.Com isso aprendemos a nos conhecer melhor e desta forma podemos entender o que se passa também ao nosso redor e, principalmente, aprender que para sermos felizes não precisamos depositá-la nas mãos de ninguém e que podemos nos sentir bem mesmo estando sozinhos.

Às vezes bate sim um aperto no peito, um vazio mas não precisamos sair correndo em busca da "muleta", precisamos apenas descobrir o agente causador.

Como disse anteriormente, muitos são os fatores que causam esse sentimento. Pode ser a falta de um amor, a decepção com alguém, principalmente quando nos dedicamos tanto e recebemos nada em troca.

Só podemos saber o que se passa dentro do nosso coração. Não podemos exigir que tenham os mesmos sentimentos que nós.

Estou aprendendo a duras penas que nem sempre posso esperar do outro aquilo que ofereço,afinal, amor, carinho, amizade, respeito,dedicação não se compra,não se pede, tem que deixar acontecer.

Infelizmente, alguns sabem apenas receber e esquecem que a reciprocidade só fará aumentar a aura de paz, de felicidade que nos cerca. Mas graças a Deus, esses sentimentos não faltam, e se não nos chegam pelo lado que esperamos, vem por outro inesperado.

Não podemos, é claro, nos deixar afundar nela. A solidão não é esse bicho de sete cabeças, precisamos dela e podemos conviver bem.

Mas da nossa vida só nós sabemos. Só quem manda em nossos corações, somos nós mesmos, não é? Então cada um sabe onde o calo dói.

Não vamos nos enterrar na solidão, mas também não precisamos fugir dela, apenas compreendê-la.

Eu convivo bem com a minha, às vezes aperta um pouco, mas busco compreender o que me faz sentir assim.

E você, convive bem com a solidão?

terça-feira, 13 de setembro de 2005

TÊNIS X FRESCOBOL




Um amigo me mostrou este texto e achei muito interessante a metáfora utilizada por Rubem Alves para falar sobre relacionamentos.

Acho que vale a pena dar uma lida e pensar. Como será que estamos levando nossos relacionamentos? O texto não precisa ser apenas direcionado aos casamentos, mas também aos namoros, amizades, enfim, relacionamentos no contexto geral.


Tênis x Frescobol


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.

Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?\' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.’

Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O império dos sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ‘Eu te amo, eu te amo...’ Barthes advertia: ‘Passada a primeira confissão, ‘eu te amo\' não quer dizer mais nada.’ É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: ‘Erótica é a alma.’

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis:
‘Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo\'. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida\'. A situação está salva e o ódio vai aumentando.’

Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...

Rubem Alves




Bom, em matéria de relacionamento, acredito que o frescobol é bem melhor.

domingo, 11 de setembro de 2005

POST COMUNITÁRIO

O post de hoje será comunitário.
Os amigos Claudia, Paula e Illusion estão em campanha para ajudar a nossa amiga Labell.
Vou publicar o texto que me pediram e como muitos costumam utilizar o site dela para colocar midis em seus blogs.Quem sabe podemos ajudar?

Amigos (as)
Estamos em campanha, o site de midis de nossa querida amiga...
Label está passando por dificuldades, a dificuldade para manter, é enorme, pois não se tem retorno, e ela já não dispõe de mais recursos.
Tomamos a liberdade, de pedir a todos os blogueiros e amigos que gostam de midis para nos ajudar, basta uma contribuição, para que o site não seja fechado.
Tenho certeza que nossa comunidade, unida, não vai deixar ela na mão! Se você puder doar, qualquer quantia mensal faça parte do site.
Faça a doação e nos mande um e-mail, você passará a fazer parte do Clube de Midis Labelalluna.
Seu Blog estará em destaque, ou seu nome, como participante.
Desde já agradecemos a todos e contamos com a ajuda de vocês.
Numero da conta: itaú ag 3815 c/c 25440-8

Nosso e_mail: labellaluna@labellaluna.midis.com.br
Nosso site: http://labellalunamidis.com.br

Os Depósitos poderão ser feitos a partir do dia 13


Povo desde já agradecemos,
Kika, Cláudia, Ilusion e Labell

sábado, 10 de setembro de 2005

BUSCANDO PALAVRAS

Busco palavras que possam descrever o que estou sentindo.

Mais uma vez o chão parece ruir.

É como se eu não pudesse chegar perto da luz, quando esta surge no fim do túnel.

Devo realmente estar no meio de muitas provações.

Devo estar sendo testada para saber até quando e quanto aguento.

Eu só queria entender e estou na busca desse entendimento.

Mas acredito que nada é por acaso...

Pessoas que surgem, situações que vivemos.

Mas por que nos sentimos tão impotentes?

Por que?

Estou buscando palavras, buscando respostas

Busca incessante

E como diz uma frase que li: quando pensamos que achamos todas as respostas, as perguntas mudam.

Gosto amargo é o que sinto

Não quero ser pessimista

Quero sempre enxergar que o dia de amanhã será melhor

Mas nem sempre é assim...

Nem sempre consigo pensar assim...

É nestas horas que descubro o quanto sou fraca

O quanto ainda tenho que aprender

O quanto preciso evoluir

Caramba...por que tudo isso?

Quando tudo parece que vai melhorar, algo acontece e acaba com os sonhos

Acabar com os sonhos...

Logo eu que sempre escrevo que não devemos deixar de sonhar

Não vou deixar de sonhar,ah, não vou mesmo

Mas como é dolorido um sonho ser interrompido!

Voltarei a "dormir", quem sabe consiga "sonhar" novamente.

Quero apenas que essa tristeza que está me doendo, acabe.

Que esse nó que sinto, desate.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

VOCÊ ENTENDE AS PESSOAS?

Há alguns dias venho pensando em como é difícil entender as pessoas (tudo bem, você pode dizer que o ser humano é complexo e concordo) mas sempre buscamos entendê-las, ou pelo menos aquelas que nos são queridas.

Fico triste quando percebo o quanto as pessoas podem ser egocêntricas. Pensar apenas nelas, nelas e nelas.

Fico triste em ver o quanto as pessoas estão se tornando descartáveis. O quanto os relacionamentos estão descartáveis e principalmente, o quanto os sentimentos se tornaram descartáveis.

Essa sensação é ruim.

Acho que, na verdade, o meu maior problema é acreditar nas pessoas.

Acreditar que realmente faço a diferença na vida de alguém,mas sinceramente, tem horas que me sinto como o estepe ou aquele copinho de plástico que você usa , depois amassa e joga fora.

Não vou generalizar, dizer que me considero assim na vida de todos. Na verdade esse pensamento é bem direcionado e quem já me acompanha desde o outro blog sabe que, quando algo me incomoda, escrevo para que desta forma eu não acabe com uma úlcera.

O pior de tudo isso é não entender o motivo da indiferença. E pensar: o que foi que eu fiz?

Sempre buscamos respostas em nós, quando na verdade está no outro.

Acabei me tornando indiferente também, calada e várias vezes reverti situações parecidas quando eu realmente fazia algo que pudesse comprometer essa amizade. Mas hoje, cansei. Não quero migalhas de amizades. Quero realmente sentimentos verdadeiros.

Sinto falta dos papos leves de outrora. Mas se hoje já não existem, não vou forçar. Até porque o encanto vai acabando.

Como todo sentimento a amizade precisa ser cultivada como um jardim, adubada e tratada com carinho. Mas se você passa a deixá-la no esquecimento, não rega, não cuida, tende a secar, as folhas caem e assim aquela beleza passa a não existir mais.

Mas tudo na vida tem suas compensações.

Hoje estou vivendo um momento de mudanças. Mudanças no quesito de aprendizado, de auto-conhecimento. E o melhor de tudo, é que num ato de "ousadia" minha..rs,uma nova amizade surgiu, está me fazendo muito bem e essa pessoa nem imagina o quanto.

Uma porta pode estar se fechando, mas uma janela está sendo escancarada.

E quero dizer também, que o teor do post pode estar meio down, mas na verdade estou bem, apenas queria escrever algo que estava preso.

Sou feliz!

Não é porque uma pessoa me ignora que deixarei meus dias tristes.

Tenho estrelas que estarão sempre brilhando no céu.

Tenho flores no meu jardim que estarei sempre cuidando.


segunda-feira, 29 de agosto de 2005

APENAS PALAVRAS...



(Post originalmente escrito no dia 26.08.04 e enormeeeeeeeeee)

Estou aqui, em plena sexta, pensando na vida.
Pensando no que tenho feito.
No que tenho sentido.
Nas coisas que não fiz.
Nas palavras que não disse.
Nas lágrimas que deixei cair.
Nas que segurei.
Nas risadas que dei.
Nas mudanças que ocorreram,
Na vida.
Nas pessoas.
Nos sentimentos.
Pensando nas surpresas que tive.
Boas.
Ruins.
Nas saudades que sinto.
De pessoas
Lugares
Situações
Lembranças...
Elas são tão importantes na nossa vida. Pelo menos é o que acho.
Claro que sempre gostamos de lembrar das coisas boas, dos momentos bons. Os ruins queremos deixar lá escondido.Para que lembrar de coisas que nos deixam para baixo, não é? Mas tem horas que elas teimam em surgir e trazer a tona toda aquela dor sentida em alguma época.
As surpresas, às vezes, costumam surgir cheias de lembranças.
Tive uma esta semana, que me trouxe uma torrente de lembranças e emoções.
É engraçado o caminho que algumas situações tomam para que a gente descubra algo.
A vida realmente é engraçada. Uma caixinha de surpresas.
Um telefonema, uma notícia, e a sensação de ter levado um soco no estômago. Mas ao mesmo tempo que tive essa sensação, veio também uma alegria, não por mim, mas por quem estava do outro lado da linha. Um desejo sendo realizado.
Mas ao mesmo tempo que um desejo estava se realizando,me veio a sensação de outro sendo enterrado e desta vez, o meu.
Confesso que era um sonho. E pensando bem, tudo não passou de um sonho, pois tudo era bom demais para ser verdade. As descobertas, a sintonia, as palavras, o carinho.
Sonho.
Sou uma sonhadora e não me envergonho disso. Os sonhos são combustível para conseguir me manter nesse mundo real, muitas vezes frio, cruel. Mas, mesmo sonhando, mantenho um pé na realidade, para quando uma onda derrubar meus castelos de areia, não me derrubem também.
Acordei de um sonho, é verdade. Foi um sonho lindo, terno, sensível e que me fez enxergar coisas em mim que imaginava não existir. Esse sonho me fez acreditar que alguém conseguiria me enxergar como sou. Não apenas aquela pessoa que estava sempre alí, disposta a ouvir seus problemas, ajudar a resolvê-los de alguma forma. Foi alguém que também me ouviu e me ajudou muito.Sempre achei mais fácil ajudar os outros resolverem seus problemas, do que a mim mesma.
Acredito em almas gêmas. Romantismo exarcerbado? Ou inocência? Para alguns pode ser, mas eu acredito e ponto.Almas gêmeas, não quer dizer apenas que as pessoas se tornarão amantes...não é apenas romance. Mas também sentimentos fraternos. E eu sei que somos almas a fins (ou gêmeas). E que de alguma forma nos reencontramos em um momento difícil para os dois. A sintonia que nos ligava, até hoje me assusta. Mas acredito, hoje, que é hora de guardar todas estas lembranças, como aquelas cartas que guardamos com um laço de fita, no fundo do baú, de uma caixa ou gaveta. Lembranças que não queremos jogar fora, apenas guardar, para quem sabe, em um momento qualquer da nossa vida, possamos desmanchar o laço e revê-las. Quem sabe um dia, realmente poderei me desfazer delas. Mas por enquanto quero deixar apenas guardada, alí, ao meu alcance, com um belo laço.
Mas a semana não me trouxe apenas esta surpresa, mas também me trouxe uma notícia boa, um convite maravilhoso que pode mudar a minha vida. E estou feliz por isso.
Como eu disse...a vida é cheia de surpresas!!

terça-feira, 23 de agosto de 2005

VOLTEI, MAS O QUE ESCREVER????

Estou devendo uma atualização faz tempo. Havia prometido não ficar tanto tempo sem escrever,mas existem épocas que simplesmente a vontade cessa.Incrível isso acontecer com alguém que adora escrever, mas acontece. Aí pensei: o que vou escrever?

Sobre a descoberta de como o Orkut pode ser interessante, a partir do fato que posso reencontrar pessoas que fizeram parte da minha vida de uma forma tão especial? Pois é descobri isso.Após um ano tentando compreender (sem muito esforço, é verdade) o que aquilo traria de interessante, finalmente encontri uma utilidade, e confesso que fico "futucando", catando as pessoas. E numa dessas descobertas reeencontrei uma amiga de infância. Uma amiga que infelizmente perdi o contato há muitos anos quando me mudei pela primeira vez para Recife. Isso foi mais ou menos em 86. Estudamos juntas desde o jardim de infância.Vivíamos grudadas.Tenho ótimas lembranças da nossa amizade, do que aprontávamos, das brincadeiras, de tudo. Lembro das vezes em que ela ía "fugida" até a minha casa, na época em que meus pais se separaram e a mãe dela tentou afastá-la do nosso convívio por causa disso. Mas ela sabia como burlar a vigilância. Estou feliz por tê-la reencontrado! Felizmente a tecnologia, hoje, nos propicia essas surpresas. Tudo bem que nem sempre são boas surpresas, mas a maioria tem sido.

Mas pensando bem, não vou falar sobre isso....

Ah, poderia falar do pequeno acidente que aconteceu comigo e o meu gato ( de 4 patas, porque infelizmente o de duas está em falta). Acontece que caiu uma chuva de repente e ele estava no quintal. O coitadinho entrou em casa todo molhado. Eu, como uma pessoa preocupada com o bem estar do meu bichinho, resolvi secá-lo e deixá-lo bem quentinho.Foi quando eu tive a brilhante(???) idéia de usar o secador, assim o secaria e deixaria bem quentinho ( acho que nessa hora Tico e Teco resolveram dar uma volta para que eu tivesse essa brilhante idéia. Pego meu gatinho no colo, e munida de secador, aperto o gatilho ( sim, gatilho, porque funcionou como uma verdadeira arma). Foi só isso que precisava para, em segundos, a bagunça e o desastre acontecerem. Ele assustado com o barulho do secador , em segundos, consegue deixar a minha camisa em farrapos, arrebenta o meu relógio e consequentemente, fico toda arranhada: seios,braços, barriga, pescoço (me lembrei de uma imagem que tem o Garfield descendo com as unhas por uma cortina, rasgando-a toda...foi assim que me senti, como a cortina do Garfield). Bm.depois disso ele ficou uma semana proibido de dormir comigo na cama.

Não, acho que essa estória também não é interessante. Então o que falar?

Na verdade, eu tinha um assunto sim, mas decidi que hoje não seria um dia bom para escrever. Uma notícia, uma surpresa e um sentimento que não imaginei que sentiria. A vida e suas surpresas...com certeza irei escrever sobre isso. Preciso escrever para exorcizar esses sentimentos.Mas não hoje.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

PARA MUDAR É PRECISO CORAGEM

Estava lendo um artigo que fala sobre mudanças. Não tinha novidade nenhuma ali. O que ela diz eu já sabia, que o principal fator pra que a mudança ocorra, é coragem. Simples, não? Na verdade não é.

Eu, você e mais milhares de pessoas todos os dias pensam que necessitam mudar em algum setor da vida, seja pessoal, profissional, ou em algum relacionamento.Sente uma insatisfação que nos faz começar a repensar e pensar como realizar a tal mudança. Elas não vão ocorrer da noite para o dia,existe todo um processo que levará ao que se deseja. E para que esse processo realmente nos leve a algum lugar é necessário coragem.

A insegurança de dar o primeiro passo geralmente é o entrave. A oportunidade pode surgir ali, na nossa frente, mas a maldita insegurança vem para nos desencorajar e quando não é ela, podem ser os outros que estão ao nosso redor. Afinal, porque mudar se algo aparentemente está dando tão certo? Pode estar certo para os que assistem de camarote,da platéia, mas alí no palco da vida, onde nós somos os atores principais, sabemos que aquilo é apenas encenação, é apenas mais um ato do espetáculo chamado vida. Vida que pode se tornar mais agradável se conseguirmos tomar as atitudes que nos levará á nossa satisfação pessoal.

Um comentário que li essa semana em uma página de um amigo, me fez pensar em algumas coisas. Como é fácil, para nós que estamos de fora dar nossos pitacos na vida alheia e principalmente a respeito da vida de um casal.Como é fácil tomarmos partido de um ou de outro. Só que a realidade não é nossa.

Como podemos saber se A é a pessoa que fará B feliz. Como podemos saber se A é a única pessoa no mundo que irá se sacrificar por B ( e olha que vivemos em um mundo com milhões de pessoas). Como podemos dizer que A+B+C são um exemplo de pessoas que se amam e vivem em harmonia? Se B não está feliz, A acha que ele deve manter essa relação por tudo o que já viveram, pela família, pelo o que já fez. A e B vivem uma vida milimetricamente planejada, porque B é daquelas pessoas que seguem tudo dentro do que planejou.Surpresas não são tão bem vindas. Digo surpresas que possam mudar esse planejamento.

Mas voltando ao assunto mudança...

Eu não posso querer que as pessoas ajam de acordo com o meu modo de pensar. Mas isso não quer dizer que não deixe a minha opinião a respeito de relacionamentos desse tipo.

Até que ponto as pessoas devem manter algo apenas por gratidão, ou por tudo que o outro já fez? Sinceramente? Não acredito em relacionamentos assim.

Não estou aqui querendo dizer que a gratidão não deva existir. O que eu quero dizer é que tudo aquilo que passou vai ficar guardado, o sentimento de gratidão vai existir, mas daí manter uma relação por causa disso, em cima destas bases, acho falso demais e mesmo covarde. Covardia até mesmo com o outro.

É claro que ninguém quer perder o que se ama. Claro que não. Mas vale a pena ter alguém com a gente, que sabemos que não partilha mais do mesmo sentimento?

Eu sinceramente não consigo. Posso amar alguém, mas se eu perceber que somente eu estou vivendo essa relação, porquê irei manter? Satisfação pessoal? Não, para mim é egoísmo.

Posso sofrer, mas não há sofrimento que dure para sempre. Ou melhor, irá durar se cultivarmos. Mas caramba, a vida nos dá tantas oportunidades é só não deixá-las escaparem. Não ficarmos bitolados achando que somos injustiçados pela vida, ou que fulano foi responsável pelo nosso sofrimento.

Mudar não é fácil.

Enfrentar os obstáculos que a vida nos impõe todos os dias, muito menos.

Eu mesma, estou tentando mudar algumas coisas na minha vida. Sei o que deve ser mudado. Mas quando as oportunidades surgem, entro de cabeça. Posso até quebrar a cara, mas e daí? O importante é que tentei.

Afinal, a liberdade de mudar nós temos, é só darmos permissão para isso ocorrer

quinta-feira, 28 de julho de 2005

O OLHAR


Essa semana, ouvi de alguém que meu olhar tem algo.

Outro dia ouvi que meu olhar dizia muito e que era perigoso tentar decifrar.

A primeira coisa que me chama atenção em alguém é isso... o olhar.

Muitas vezes eles dizem mais do que as próprias palavras proferidas.

O que eles falam,muitas vezes são mais significativos do que palavras.

Os olhos são reveladores.

Muitas vezes eles gritam aquilo que tentamos esconder.

Muitas vezes tentamos negar sentimentos, mas eles nos traem.

Palavras muitas vezes são ditas pela razão, mas o olhar, ah o olhar....este é sentimento,é emoção.

O silêncio de um olhar é carregado de sentidos, de ternura.

Não sei se já perceberam, mas por trás de todas aquelas brincadeiras e risadas dos palhaços, muitas vezes escondem a tristeza que há neles.Mas se reparar bem, o olhar é triste, este não engana ninguém.

O sorriso dos lábios não fica completo sem o brilho dos olhos.

E mesmo quando estão fechados, nos enchem de prazer.

Uma vez li que os olhos são duas verdades à vista e é a pura verdade.

Um olhar pode te fazer arrepiar sem mesmo haver o toque das mãos.

Um olhar pode te despir, sem ao menos tirar uma peça de roupa.

Um olhar pode penetrar em sua alma, te fazer flutuar.

Um olhar pode te fazer apaixonar.

Me lembro de uma vez,quando adolescente,de ficar completamente hipnotizada por uma pessoa que eu só via os seus olhos verdes lindos, penetrantes. Não vi o rosto,mas seu olhar ficou em minha mente durante muito tempo.

Já me apaixonei á primeira vista, no segundo em que nossos olhares se cruzaram. E vivi durante muito tempo essa paixão.

Olhos nos olhos, no segundo que precede um beijo, que maravilhoso que é.

Um olhar atento não enxerga apenas, mas escuta aquilo que os olhos de alguém quer dizer.

Quando se está triste não adianta tentar enganar, os olhos demonstrarão.

Decepção, amor, tristeza, alegria, paixão, fogo, tudo pode ser dito no silêncio de um olhar.

Uma dança, olho no olho, o mundo desaparece ao redor.

Quando o coração sofre, essa dor transborda nos olhos, através das lágrimas, da sombra.

Não é a toa que dizem que os olhos são as janelas da alma.

E eu sou assim, um livro aberto para quem se dispõe a ler o que meus olhos dizem. Muitas vezes são apenas, e tão somente eles que falam quando não posso transmitir em palavras o que se passa aqui dentro de mim.

segunda-feira, 25 de julho de 2005

TÚNEL DO TEMPO

Andei sem tempo para atualizar estes dias, mas estou aqui. Final de semana agitado,desopilando, rindo e dançando muito.

E por falar em dançar, entrei no túnel do tempo, e relembrei várias fases da minha adolescência através da música. Se alguém teve paciência para ler alí ao lado um pouco (?) sobre a minha pessoa, viu que adoro música. E acredito que cada um tenha sua trilha sonora e várias fazem parte da minha. Música marca demais os acontecimentos. Basta ouvir para lembrar de algo ou de alguém( do mesmo modo acontece com perfumes).E sábado pude viajar um pouco nas que fizeram a trilha da minha adolescência.

Sou mais uma que fez parte da geração 80. Muitos falam que esta foi a pior década no que diz respeito a música, cultura, moda(bom, quanto a este quesito, tinha realmente muita coisa esquisita, aquelas ombreiras, cortes de cabelo que pareciam cachorrinho poodle...), mas não vejo por aí. Como em toda década, ela tem suas características marcantes e me deixou saudade. Nessa época surgiram grandes bandas nacionais que continuam até hoje fazendo sucesso. Claro que, com o passar dos anos, passadas as décadas, elas se moldaram para atingir a qualidade e sucesso. Grandes sucessos da década de 80,hoje são regravados em versões acústicas e muito bem aceitas pelo público.

Paralamas do Sucesso, Titãs, Ira, Engenheiros do Hawai, Kid Abelha,Barão Vermelho,Ultraje a Rigor, Dr. Silvana, Legião Urbana,Leo Jayme,Blitz, RPM,U2, The Smiths, The Police, Tears for Fears, Bruce Sprigsteen, The Cure,Sting...nossa, se for colocar todas as bandas que fizeram parte dessa minha trilha, não teria espaço para mais nada.

Na minha adolescência, em Petrópolis,frequentava um clube chamado Petropolitano e a minha turma de amigos era maravilhosa, daquelas que agitavam todas, participavam de tudo e lá era o nosso "point". Na verdade,o clube era a nossa segunda casa. Todos os finais de semana, principalmente no verão, tinha um show. Assisti a todos! Não só assisti como também tive a oportunidade , junto com uma amiga, de dar uma surra de sinuca e totó em Herbert Vianna e Baroni, dos Paralamas do Sucesso. Além de ver a minha mãe conseguir tirar a patricinha da Paula Toller do sério..rs.

Minha mãe, tinha ido almoçar no clube e esbarrou com eles na saída e disse:

Minha mãe:-Ah, vcs são " os Kid Abelhas e os Jerimuns Selvagens"?

( os outros integrantes da banda caem na risada menos a esnobe)

Patricinha Esnobe Enjoada Toller: - Não minha senhora, somos Kid Abelha e os Abóboras Selvagens...( com aquela cara de nojo)

Minha mãe ( que não presta..rs): - Não minha filha, é jerimun..

( o pessoaL da banda se esbugalhando de rir e Patricinha Toller ficando irada)

Patricinha Esnobe Enjoada Toller: -Olha , a senhora está enganada, não somos jerimuns e nem sabemos o que é isso

Minha mãe: - Olha minha filha, se vc não conhece o problema é seu. Só que a abóbora é minha e eu chamo do que quiser e na minha terra abóbora é jerimun, então....vcs são Kid Abelha e os Jerimuns Selvagens.E vamos falar a verdade, a banda fica melhor só com os Jerimuns, porque essa abelha é muito chata.

Bom..rs..não vou colocar todo o diálogo, até porque não me lembro de tudo, mas guardo esse trecho desde os meus 14 anos.E só vendo a cara da Patricinha Esnobe Enjoada Toller para se deliciar com a cena.

Posso dizer que vivi bem a minha adolescência. Uma época que marcou bastante, com muitos acontecimentos bons e ruins, pois foi nessa mesma época que perdi o meu pai,foi nessa época que tive que abandonar uma carreira de bailarina, também foi nessa época que tive que sair da cidade que adorava, da vida que adorava, para ir para outro lugar com costumes, hábitos e pessoas bem diferentes daquela em que vivia. Foi difícill sair do Rio naquela época e morar em Recife. Lugar lindo mas com pessoas retrógradas, preconceituosas, até mesmo um pouco atrasadas. Completamente diferente de hoje em dia, onde a velocidade das informações é absurda ( ainda bem!) e as diferenças não são tão gritantes, apenas um pouco maior no interior, devido a rigidez de costumes ainda arraigados no âmbito familiar. Tanto que hoje considero Recife, um Rio de Janeiro do nordeste. Além do crescimento, além do berço cultural, a violência também é absurda..rs...mas com o passar dos tempos, naturalmente, a mentalidade foi se adaptando a todas as mudanças.Por isso hoje, se eu não voltar para o Rio, Recife é a cidade que quero morar.

Gosto muito destas lembranças.Lembranças boas nunca são demais. Claro que não podemos nos atrelar a elas ou viver apenas delas, mas elas dão aquele sopro de nostalgia e felicidade em momentos da vida, ah se dão...rs

Queria falar sobre o filme que assisti ontem mas ficaria enorme e segundo o que li outro dia, textos assim não são lidos pelo blogueiros..rsrs...mas o que fazer se gosto de escrever??? Então deixarei para comentar no próximo.


quarta-feira, 20 de julho de 2005

ESTOU DE VOLTA, EXATAMENTE NO DIA DO AMIGO

Estou feliz por voltar a escrever. Feliz por ter meu blog de volta...rs.
Na verdade ele não se foi, apenas não permitia que ninguém entrasse aqui ( gênio forte é um problema!). Mas tenho que dizer que estou preparando meu banho de sal groso, ervas e tentarei fazer uma limpeza geral, porque sinceramente, quando pensava que estava tudo perfeito, maravilhoso eis que na hora que publico o recado abaixo as letras simplesmente tomam fermento.Mas diante de todas as dificuldades e endereços diversos, as letras enormes eram o de menos.Mas já descobri o problema..rs. A coitada da Lua nunca teve uma cliente tão complicada, ou melhor, nem sou, mas surgiram problemas que nunca surgiram antes..rs...a coitada criou até um outro blog para eu postar e ver se acontece algo por lá tb ( eu disse que o problema não é ela e sim euzinha, não posso ter nada que possa chamar de meu...rs...exclusividade parece não ser para mim). Mas vamos lá...escrevi um texto hoje para os amigos...alguns receberam por email, não tinha idéia que teria o meu blog de volta..rs.
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Hoje é o dia do amigo...não é um dia comercial, mas é um dia especial.

Especial na lembrança, especial no sentido.
Mas como toda data importante, não considero que exista apenas um dia no ano que seja marcado para comemorarmos algo tão especial como amizade, carinho, afeição, amor. Considero todos os dias o dia do amigo, dia dos pais, das mães, dos namorados....
Como dizem, parentes não escolhemos, mas amigos sim.
Podemos conhecer muitas pessoas, mas amigo no sentido amplo da palavra. Não são muitos.Até porque nem todos sabem ser amigos de verdade.
A-M-I-G-O, 5 letras repletas de sentimentos, de força, mas que na verdade, nem todos percebem o valor que um amigo pode ter na nossa vida. Muitos confundem coleguismo com amizade.
Amigo não é aquele que está apenas nas horas boas. É aquele que está ali, ao seu lado compartilhando os momentos ruins, te dando um ombro para poder chorar ,chorando junto também.
Um amigo verdadeiro é aquele que deixa as portas abertas para você conhecê-lo verdadeiramente, com seus defeitos e qualidades. Assim como deseja te conhecer também.
Os amigos não precisam de palavras, se entendem até mesmo no silêncio, no olhar.
O amigo é aquele que chega até você e fala a verdade, mesmo que isso não seja aquilo que queira ouvir. Mas perceberá, adiante, o quanto àquelas palavras te foram úteis.
O amigo reparte a dor, o segredo e a vida.
E é claro que amigo que é amigo toma porres homéricos com você, te dá esporros quando necessário, comete besteiras junto e depois ao lembrar, riem tanto até a barriga doer e as lágrimas cairem.
E não importa se existe uma enorme distância que os separe; porque o tempo e a distância, se tornam pequenos diante da grandeza do sentimento.
E também não importa se essa amizade surge através de uma tela de computador. Ela existe. O sentimento existe. E posso dizer com todas as letras que encontrei amigos verdadeiros aqui, e digo amigo no sentido amplo mesmo.
Algumas amizades podem ficar estremecidas por algum motivo, mas acredite, essa amizade ainda pode dar muitos frutos, é só não endurecer o coração.
Digo sempre que o tempo é o melhor remédio.Muitas vezes nos magoamos, acreditamos que não haverá mais volta, mas podemos sim reverter, é só dar uma nova chance. Se for realmente uma amizade verdadeira, onde haja admiração, compreensão, carinho, respeito, nada impede de recomeçar. Afinal a vida é um eterno recomeço, não é mesmo? Sempre há um novo dia, com novas experiências, novas tarefas e por que não, reatar aquele laço que se partiu? Mas sei que alguns não tem jeito, a fita está gasta e a cada laço que se tenta dar, arrebenta.
E como diz a música " Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito...." E não importa a distância ou as circunstâncias, sempre estarei com o pensamento em meus amigos que infelizmente não posso ter ao meu lado.
NEM ACREDITO!!!!!!!!!!
Depois de muitos dias e um parto complicadíssimo...finalmente meu blog está funcionando. Voltarei a postar como antes!!!!
Agora, espero que em um endereço definitivo e com a nova decoração, feita exclusivamente para mim..rs.
Joguei pedra na cruz, com certeza, porque unca vi dar tanta coisa errada, até mesmo o funcionamento do template. Mas como se tornou uma questão de honra para a Lua, ela hoje me presenteou com a solução dos problemas. E AGORA ESTOU AQUI!!
Mais tarde volto para escrever, estou no meio do trabalho, cheia de coisas pra fazer!

sábado, 16 de julho de 2005

Pensamentos Perdido no Tempo

Quero falar mas existem momentos em que é melhor silenciar.
O que fazer quando sentimos um vazio enorme dentro da gente?
O que fazer quando percebemos que certas coisas parecem não ser destinadas a nós?
O que fazer quando sentimos frio na alma?
Não, não quero sentir esse vazio, não quero sentir esse frio e muito menos achar que aquilo que desejo não seja para mim.
Vou lutar e acreditar que são apenas momentos, momentos em que nos encontramos perdidos em nossos pensamentos.
É assim que estou, perdida em meus pensamentos. Perdida em sonhos, em desejos,saudades.
Desejo de encontrar.
Desejo de ser verdadeiramente amada.
Desejo de ser verdadeiramente feliz.
Desejo da entrega total.
Sem máscaras, sem medos, sem angústias, sem renúncias.
Quero voltar a sorrir com a alma.
Preciso que um dia alguém me descubra.
Que perceba que posso ser muito mais do que sou.
Desejo que seja real e não apenas sonhos.
Sonhos que hoje amenizam a minha realidade.
Sonhos que desejo que se tornem realidade.
Estou cansada de sentir saudade daquilo que não vivi!

Estava aqui, em um sábado monótono sem nada pra fazer, navegando pel net, leio uma matéria, sem grande importância. Ela falava sobre alma gêmea.Uma frase ficou martelando dentro da minha cabeça e me fez escrever o que está aí em cima.
A frase em questão era: "se o for, jamais quererá se separar dela; mas se for para o bem de sua cara-metade, é até capaz de renunciar para vê-lo feliz."
Eu vivi algo entre 2003 e 2004, que ficará sempre sem respostas ou até mesmo um dia poderá ter. Posso dizer que foi uma ligação espiritual diante de acontecimentos que não dá para explicar, como de repente, do nada, eu acordar pela manhã chorando, com uma angústia, sentindo que precisava falar com uma pessoa e descobrir que essa pessoa estava sentindo a mesma coisa queeu, que ela queria naquele mmento falar comigo e os dois chorarem juntos.
Ele dizia que eu enxergava a alma dele. Assim como ele enxergava a minha. E o que eu mais queria era vê-lo feliz e depois de tantas conversas mostrando que ele podia ser feliz, ele encontrou alguém que poderia pelo menos tentar fazê-lo sentir-se assim.
E assim houve a renúncia....
E assim vou renunciando... ontem, hoje...
Mas um dia eu tomo jeito...rs.

As Voltas que a Vida Dá

É interessante perceber o quanto a vida dá voltas e mais voltas.
Duas situações me levam a pensar assim. Dois amigos em situações distintas mas, que de certa, forma se parecem. E uma delas aconteceu neste final de semana quando ouvi de uma amiga que ela finalmente estava "curada" de um grande amor que viveu. Na verdade, um relacionamento que não fazia nada bem a ela. Um tipo de relacionamento que também já vivi e sei o quanto é difícil, desgastante e por vezes dolorido, quando perdemos o controle da situação. Fico feliz que hoje ela tenha se descoberto e está ficando cada dia mais linda e o melhor, descobriu que o amor próprio e a auto estima é que a esta deixando desta forma.
Mas o interessante foi perceber que o cara com quem ela viveu esta estória não se conforma em tê-la perdido. Hoje ele percebe que tudo poderia ter sido diferente. Ele percebe que agiu errado durante anos e que a mulher que hoje o faria um homem por inteiro, só o enxerga como um bom amigo. Aquela paixão, toda a loucura e fogo que poderia existir, ficou no passado. Ele percebeu que não é possível fazer uma pessoa esperar até que ele decida.Cansa esperar por algo que nunca vai ser resolvido. Ele tinha outras prioridades na vida e a situação vivida era cômoda ( para ele).
É interessante perceber como as pessoas lidam com a perda. Não apenas a perda material, mas a perda de um sentimento.
Perder um sentimento....
Perder alguém que poderia te fazer feliz....
Deixar a razão, a busca por bens materiais, a conquista de espaços, roubar algo tão precioso e que nem sabemos se um dia reencontraremos...
Reencontros...
Acredito em reencontros. Acredito que o destino faça das suas para dar uma segunda chance às pessoas.
Muitas vezes vivemos situações em determinadas épocas da nossa vida e deixamos passar sem que realmente percebemos o valor daquilo tudo.
Muitas vezes tomamos decisões em nossa vida que futuramente nos mostrará que não era para ser daquele jeito. E muitas vezes estas decisões são tomadas por imaturidade, orgulho, raiva ou até mesmo por medo....
Há 17 anos tomei uma decisão errada por orgulho. Tive uma segunda chance e a desperdicei novamente e hoje sei que não terei outra. Uma decisão errada que trouxe consequências que mudaram radicalmente a minha vida. Joguei fora aquele que foi o único amor da minha vida.
Exagerada? Piegas? Não.
Tenho 34 anos e amei verdadeiramente uma única vez. Não era o pai da minha filha. E hoje penso que se a minha filha fosse fruto desse amor, pelo menos eu teria um pedacinho dele aqui, perto de mim. A única lembrança que tenho é uma camisa que adoro usar, as lembranças vivas na memória, o cheiro e uma única foto, porque as outras o pai da minha filha rasgou quando as viu em um álbum da minha mãe ( que por sinal, foi no dia da nossa última briga que culminou em nossa separação).
Essa pessoa hoje está casada, ou pelo menos estava. E por coincidência, o nome da esposa é Ana Paula.Eu a conheci. Eles formam um belo casal. Mas quando o revi, foi como se eu tivesse levado um soco no estômago. Fiquei paralisada, sem ar e as pernas tremiam demais. Ele não conseguia me olhar nos olhos e sinceramente, nesse dia percebi que nossa estória ficou incompleta. Percebi que nenhum dos dois conseguiriam encarar os olhos um do outro, pois sabíamos o que cada um queria dizer.
Se essa estória fosse hoje, com certeza seria diferente. Na época eu era uma adolescente e hoje a vida me ensinou tantas coisas. Já levei tantas bordoadas. E como um amigo escreveu em um post que me inspirou novamente: se eu tivesse uma "máquina do tempo", também saberia para onde queria voltar: minutos antes de dizer adeus!
É por isso que acho que a vida nos dá oportunidades de rever certos conceitos, certas atitudes, rever o nosso modo de viver. O destino pode até colocar pessoas novamente em nosso caminho. Pessoas que foram importantes e que de uma forma ou de outra tenham sido tiradas dela. Pode ser que elas surjam não para reviver aquela antiga estória, mas para que possamos perceber onde erramos. Ou ainda, perceber a forma como estamos levando a nossa vida ou o que fizemos dela. E quem sabe, nos dar uma sacudida, nos dar coragem para tomarmos certas atitudes que protelamos em nome da razão e em detrimento dos sentimentos. Ou até mesmo em nome da acomodação.
É isso... depois de dois posts horríveis, estou voltando a pensar e escrever como sempre.

Vida...



Estava aqui pensando na vida. Em algumas coisas que acontecem na MINHA vida.
Fico aqui me perguntando tantas coisas. Tantas dúvidas habitam essa minha cabeça. Procuro tantas respostas. Aí chego na maior dúvida de todas: será que de tanto pensar eu me esqueço de viver? Penso naquela música do Skank: "vou deixar a vida me levar...".Mas se deixar assim será que é válido? Será que essa é a verdadeira essência do viver? Caramba, assim enrolo mais o meio de campo.
Será que planejar todo o nosso viver é o mais certo? Ou pensar que o destino é aquilo que nos move e que tudo está escrito? Não...não é por aí. Acredito em destino, acredito que viemos para esse mundo com algum intuito.Mas o destino não é tudo, ele faz parte da vida, mas temos o livre arbítrio de escolher o caminho pelo qual iremos seguir. É muito banal achar e acreditar que o que nos acontece estava escrito e se contentar com isso. É uma visão simplista demais da vida. A vida é para ser vivida intensamente, ser feliz da maneira que escolhemos. Planejar é preciso sim, mas planejar tudo pode até ser perigoso a partir do momento em que nossos planos podem não dar certo, aí vem a decepção.
Viver é aproveitar cada bom momento que vivenciamos. Esses momentos ficam guardados dentro da gente como tesouros e se não estamos bem, lembraremos destes momentos para que eles nos dêem forças para continuar a caminhada.
Hoje estou em um lugar que não consigo mais "me encontrar". Pensamentos diferentes, pessoas que se tornaram estranhas ( tudo bem, isso é normal, a vida muda as pessoas) ou será que eu me tornei uma estranha? Sinto falta de ter alguém com quem dividir aquilo que se passa comigo. Falar o que sinto. Das minhas loucuras, dos meus sonhos, sentimentos. Alguém com quem rir do nada. Alguém com quem possa dividir algo. Sinto as pessoas muito egoístas, pensando apenas no "eu" sem saber compartilhar um momento. Desejam apenas atenção para si, mas na hora de dar essa mesma atenção que recebeu, arruma uma desculpa para se livrar, afinal, aquilo que ela sente sempre é mais importante do que o outro pode sentir.
O egoísmo permeia as relações. Saber ouvir, nem todos têm esta capacidade, esse tempo. Falar amenidades, assuntos fúteis, passa a ser o meu remédio para conviver.
Algumas pessoas dizem que tenho paciência de jó. Pode até ser. Mas o que me vem à cabeça quando alguém me procura para conversar é que aquela pessoa está precisando ser ouvida, escutar algo que irá lhe fazer bem. E não me custa nada. Confesso que algumas vezes nem estou com tanta paciência no momento, mas acho importante dispor de alguns minutos para conversar. E isso é bom até para mim, que por algum momento acabo esquecendo dos meus problemas. Já passei várias madrugadas aqui na net, conversando com alguém que estava precisando desabafar. Muitas vezes, na minha análise da situação,acabo falando o que não querem ouvir, mas acho que por ser assim,não ficar apenas concordando com tudo o que dizem ou falando aquilo que querem ouvir, é que estas pessoas me procuram para conversar. Penso até que deveria ter feito psicologia ao invés de jornalismo. E olha que isso vem há muito tempo, não apenas aqui na net,mas na minha vida pessoal mesmo. Quantas e quantas vezes, no meu antigo trabalho, pessoas chegavam até mim para conversar,para falar dos seus problemas, pessoas que eu nunca tinha conversado antes. Mas eu as ouvia. Muitas vezes calada, mas apenas o fato delas terem alguém para escutá-las já lhes fazia bem.
Aí eu penso nas relações que surgem aqui na internet, amizades, namoros, enfim, todo o tipo de relação possível. Tudo começa por uma carência. Carência que faz parte das vidas das pessoas. Carência de atenção, de ter alguém disposto a ouvir,a compartilhar e muitas vezes é aqui que encontramos quem nos entenda, quem pode compartilhar momentos, não apenas de brincadeiras, mas compartilhar momentos em um todo.
Sabe, nem sempre é fácil manter um sorriso no rosto. Conversar futilidades o tempo todo cansa. E eu realmente estou cansada. Muitas vezes tenho vontade de falar aquilo que sinto, mas isso não é possível ou porque sei que a pessoa não vai dar a mínima atenção ou porque ela não será capaz de entender aquilo que tenho pra dizer.
Acredito que esteja voltando com o blog exatamente por esse motivo. Poder falar, no caso, escrever, aquilo que se passa aqui dentro, aquilo que voltou a ser sufocado. São momentos distintos, mas são momentos vividos.
Hoje, lá no meu trabalho, ouvia o relato de uma pessoa sobre o final de semana e num determinado momento ela falou algo que me irrita cada vez que escuto alguém falar isso: Ah, mas o que os outros vão pensar? Perguntei se ela tinha gostado, se tinha se divertido daquela forma e ela respondeu que sim. Então, caramba, porque se preocupar com o que os outros irão pensar? A vida deve ser vivida da forma que nós queremos, da forma que nos dê prazer. Imaginar o que os outros estão falando? Não são eles que pagam as minhas contas no final do mês, não são eles que vão impor o que deve ser bom ou não na minha vida. A sociedade nos impõe regras, mas nós temos que fazer as nossas regras também. Viver a vida como queremos sem que isso vá ferir ninguém é um direito nosso. Penso assim também quando vejo relações que não estão dando certo e as pessoas insistem em manter por um motivo ou outro. Mas se não está sendo legal, por que continuar? Medo de fazer alguém sofrer? Todos sofremos.Medo de encarar a realidade? Medo do "estar sozinho"? Muitas vezes estar sozinho é a resposta.
Eu tenho medo, mais uma vez o medo.Medo de me fechar novamente em uma concha e não saber mais falar aquilo que sinto. É por isso que mais uma vez escreverei, para não sufocar e me tornar fria. Sou sentimento à flor da pele e preciso colocar isso pra fora.