segunda-feira, 14 de abril de 2008

MUDAR OU NÃO?

Ultimamente tenho pensado muito em um assunto que é o fato de eu ser uma pessoa brincalhona.

Neste caso específico, venho pensando em relação ao meu lado profissional. Será que tenho que mostrar-me como uma pessoa séria, perder a espontaneidade para não ser considerada uma pessoa imatura?

As pessoas costumam ver o brincalhão como uma pessoa imatura, incapaz de assumir responsabilidades. Será? Não concordo.

Existem casos e casos. Não vou generalizar, mas falarei a respeito do meu caso.

O fato de eu brincar, tentar manter o humor sempre lá em cima, é meio para não me apegar somente aos problemas e fazer deles algo intransponível.É uma forma de amenizá-los e encontrar saída e resoluções para eles.

Será que preciso fazer com que eles tomem conta da minha vida de tal forma que eu esqueça de perceber as coisas boas e simples que estão ao meu redor.

Muitas vezes nos agarramos tanto aos problemas e não conseguimos nem ao menos encontrar solução para eles.Aí pode ter certeza que o estresse toma conta.

Quando brinco, conto uma piada, ou dou um BOM DIA com sorrisão no rosto é para que o lado bom sempre prevaleça. Mesmo brincando, mantenho meus pés firmes na realidade.

Tudo bem você pode dizer que hoje,em um mundo capitalista, quem está de fora vê o outro rindo, achará que aquele indivíduo está perdendo tempo, e perder tempo é perder dinheiro.

Mas quem olha e pensa desta forma é aquele que só consegue conceber que a criança fica lá no passado, esquecida nas lembranças, porque um adulto de verdade será uma pessoa séria, sisuda, que não pode perder tempo contando uma piada.

Me acho capaz, competente, integrada ao meu trabalho e não faço tipo de que sou competente sem o ser. Pelo contrário, sou humilde para assumir quando não sei ou não entendo de algo, mas pode ter certeza que irei atrás para aprender sobre aquilo.

Cometo erros, mas quem não os comete? Nem todos têm a dignidade e hombridade de assumir, mas eu tenho. Acho que isso é questão até de caráter.

Se aprendermos a lidar com nossas limitações, saberemos lidar melhor com a vida e aprendemos também a superá-las.Mas parece que muitos preferem viver vestidos de Super-homens, ou por trás de suas máscaras.

Existe uma pessoa ligada ao meu trabalho (nem tão ligada ) que tenta passar uma competência absurda aos olhos de algumas pessoas. Mas para aqueles que a enxergam realmente, perguntam: mas o que ela faz mesmo?

Existe um projeto que está parado por falta de material. Me ofereci para dar andamento pois sei que sou capaz. Recebi como resposta que a tal pessoa era responsável por aquele trabalho e que ela o faria.

Ok, então!!!

Fiquei chateada? Fiquei. Era algo que faria bem pois tem a ver com o ato de escrever.

Já se passaram mais de 30 dias e até hoje continua parado.

Fico triste em ver o projeto desse jeito. Algo que poderia estar sendo atualizado diariamente, que teria interação com o público alvo, mas o que fazer?

Na verdade estou fazendo algo que não sei se dará certo, mas não consigo ficar parada vendo as coisas inacabadas.

Sei que não me acham incompetente, pois não assumiria o que me passam.

Consigo achar o equilíbrio entre a brincadeira e a seriedade. Por isso acho que não devo mudar.

Que mundo é esse que as falsas imagens falam mais do que as verdadeiras?

Alegria não é sinal de imaturidade.

Alegria não é incompetência.

Alegria é saber viver!