sábado, 16 de julho de 2005

Pensamentos Perdido no Tempo

Quero falar mas existem momentos em que é melhor silenciar.
O que fazer quando sentimos um vazio enorme dentro da gente?
O que fazer quando percebemos que certas coisas parecem não ser destinadas a nós?
O que fazer quando sentimos frio na alma?
Não, não quero sentir esse vazio, não quero sentir esse frio e muito menos achar que aquilo que desejo não seja para mim.
Vou lutar e acreditar que são apenas momentos, momentos em que nos encontramos perdidos em nossos pensamentos.
É assim que estou, perdida em meus pensamentos. Perdida em sonhos, em desejos,saudades.
Desejo de encontrar.
Desejo de ser verdadeiramente amada.
Desejo de ser verdadeiramente feliz.
Desejo da entrega total.
Sem máscaras, sem medos, sem angústias, sem renúncias.
Quero voltar a sorrir com a alma.
Preciso que um dia alguém me descubra.
Que perceba que posso ser muito mais do que sou.
Desejo que seja real e não apenas sonhos.
Sonhos que hoje amenizam a minha realidade.
Sonhos que desejo que se tornem realidade.
Estou cansada de sentir saudade daquilo que não vivi!

Estava aqui, em um sábado monótono sem nada pra fazer, navegando pel net, leio uma matéria, sem grande importância. Ela falava sobre alma gêmea.Uma frase ficou martelando dentro da minha cabeça e me fez escrever o que está aí em cima.
A frase em questão era: "se o for, jamais quererá se separar dela; mas se for para o bem de sua cara-metade, é até capaz de renunciar para vê-lo feliz."
Eu vivi algo entre 2003 e 2004, que ficará sempre sem respostas ou até mesmo um dia poderá ter. Posso dizer que foi uma ligação espiritual diante de acontecimentos que não dá para explicar, como de repente, do nada, eu acordar pela manhã chorando, com uma angústia, sentindo que precisava falar com uma pessoa e descobrir que essa pessoa estava sentindo a mesma coisa queeu, que ela queria naquele mmento falar comigo e os dois chorarem juntos.
Ele dizia que eu enxergava a alma dele. Assim como ele enxergava a minha. E o que eu mais queria era vê-lo feliz e depois de tantas conversas mostrando que ele podia ser feliz, ele encontrou alguém que poderia pelo menos tentar fazê-lo sentir-se assim.
E assim houve a renúncia....
E assim vou renunciando... ontem, hoje...
Mas um dia eu tomo jeito...rs.

As Voltas que a Vida Dá

É interessante perceber o quanto a vida dá voltas e mais voltas.
Duas situações me levam a pensar assim. Dois amigos em situações distintas mas, que de certa, forma se parecem. E uma delas aconteceu neste final de semana quando ouvi de uma amiga que ela finalmente estava "curada" de um grande amor que viveu. Na verdade, um relacionamento que não fazia nada bem a ela. Um tipo de relacionamento que também já vivi e sei o quanto é difícil, desgastante e por vezes dolorido, quando perdemos o controle da situação. Fico feliz que hoje ela tenha se descoberto e está ficando cada dia mais linda e o melhor, descobriu que o amor próprio e a auto estima é que a esta deixando desta forma.
Mas o interessante foi perceber que o cara com quem ela viveu esta estória não se conforma em tê-la perdido. Hoje ele percebe que tudo poderia ter sido diferente. Ele percebe que agiu errado durante anos e que a mulher que hoje o faria um homem por inteiro, só o enxerga como um bom amigo. Aquela paixão, toda a loucura e fogo que poderia existir, ficou no passado. Ele percebeu que não é possível fazer uma pessoa esperar até que ele decida.Cansa esperar por algo que nunca vai ser resolvido. Ele tinha outras prioridades na vida e a situação vivida era cômoda ( para ele).
É interessante perceber como as pessoas lidam com a perda. Não apenas a perda material, mas a perda de um sentimento.
Perder um sentimento....
Perder alguém que poderia te fazer feliz....
Deixar a razão, a busca por bens materiais, a conquista de espaços, roubar algo tão precioso e que nem sabemos se um dia reencontraremos...
Reencontros...
Acredito em reencontros. Acredito que o destino faça das suas para dar uma segunda chance às pessoas.
Muitas vezes vivemos situações em determinadas épocas da nossa vida e deixamos passar sem que realmente percebemos o valor daquilo tudo.
Muitas vezes tomamos decisões em nossa vida que futuramente nos mostrará que não era para ser daquele jeito. E muitas vezes estas decisões são tomadas por imaturidade, orgulho, raiva ou até mesmo por medo....
Há 17 anos tomei uma decisão errada por orgulho. Tive uma segunda chance e a desperdicei novamente e hoje sei que não terei outra. Uma decisão errada que trouxe consequências que mudaram radicalmente a minha vida. Joguei fora aquele que foi o único amor da minha vida.
Exagerada? Piegas? Não.
Tenho 34 anos e amei verdadeiramente uma única vez. Não era o pai da minha filha. E hoje penso que se a minha filha fosse fruto desse amor, pelo menos eu teria um pedacinho dele aqui, perto de mim. A única lembrança que tenho é uma camisa que adoro usar, as lembranças vivas na memória, o cheiro e uma única foto, porque as outras o pai da minha filha rasgou quando as viu em um álbum da minha mãe ( que por sinal, foi no dia da nossa última briga que culminou em nossa separação).
Essa pessoa hoje está casada, ou pelo menos estava. E por coincidência, o nome da esposa é Ana Paula.Eu a conheci. Eles formam um belo casal. Mas quando o revi, foi como se eu tivesse levado um soco no estômago. Fiquei paralisada, sem ar e as pernas tremiam demais. Ele não conseguia me olhar nos olhos e sinceramente, nesse dia percebi que nossa estória ficou incompleta. Percebi que nenhum dos dois conseguiriam encarar os olhos um do outro, pois sabíamos o que cada um queria dizer.
Se essa estória fosse hoje, com certeza seria diferente. Na época eu era uma adolescente e hoje a vida me ensinou tantas coisas. Já levei tantas bordoadas. E como um amigo escreveu em um post que me inspirou novamente: se eu tivesse uma "máquina do tempo", também saberia para onde queria voltar: minutos antes de dizer adeus!
É por isso que acho que a vida nos dá oportunidades de rever certos conceitos, certas atitudes, rever o nosso modo de viver. O destino pode até colocar pessoas novamente em nosso caminho. Pessoas que foram importantes e que de uma forma ou de outra tenham sido tiradas dela. Pode ser que elas surjam não para reviver aquela antiga estória, mas para que possamos perceber onde erramos. Ou ainda, perceber a forma como estamos levando a nossa vida ou o que fizemos dela. E quem sabe, nos dar uma sacudida, nos dar coragem para tomarmos certas atitudes que protelamos em nome da razão e em detrimento dos sentimentos. Ou até mesmo em nome da acomodação.
É isso... depois de dois posts horríveis, estou voltando a pensar e escrever como sempre.

Vida...



Estava aqui pensando na vida. Em algumas coisas que acontecem na MINHA vida.
Fico aqui me perguntando tantas coisas. Tantas dúvidas habitam essa minha cabeça. Procuro tantas respostas. Aí chego na maior dúvida de todas: será que de tanto pensar eu me esqueço de viver? Penso naquela música do Skank: "vou deixar a vida me levar...".Mas se deixar assim será que é válido? Será que essa é a verdadeira essência do viver? Caramba, assim enrolo mais o meio de campo.
Será que planejar todo o nosso viver é o mais certo? Ou pensar que o destino é aquilo que nos move e que tudo está escrito? Não...não é por aí. Acredito em destino, acredito que viemos para esse mundo com algum intuito.Mas o destino não é tudo, ele faz parte da vida, mas temos o livre arbítrio de escolher o caminho pelo qual iremos seguir. É muito banal achar e acreditar que o que nos acontece estava escrito e se contentar com isso. É uma visão simplista demais da vida. A vida é para ser vivida intensamente, ser feliz da maneira que escolhemos. Planejar é preciso sim, mas planejar tudo pode até ser perigoso a partir do momento em que nossos planos podem não dar certo, aí vem a decepção.
Viver é aproveitar cada bom momento que vivenciamos. Esses momentos ficam guardados dentro da gente como tesouros e se não estamos bem, lembraremos destes momentos para que eles nos dêem forças para continuar a caminhada.
Hoje estou em um lugar que não consigo mais "me encontrar". Pensamentos diferentes, pessoas que se tornaram estranhas ( tudo bem, isso é normal, a vida muda as pessoas) ou será que eu me tornei uma estranha? Sinto falta de ter alguém com quem dividir aquilo que se passa comigo. Falar o que sinto. Das minhas loucuras, dos meus sonhos, sentimentos. Alguém com quem rir do nada. Alguém com quem possa dividir algo. Sinto as pessoas muito egoístas, pensando apenas no "eu" sem saber compartilhar um momento. Desejam apenas atenção para si, mas na hora de dar essa mesma atenção que recebeu, arruma uma desculpa para se livrar, afinal, aquilo que ela sente sempre é mais importante do que o outro pode sentir.
O egoísmo permeia as relações. Saber ouvir, nem todos têm esta capacidade, esse tempo. Falar amenidades, assuntos fúteis, passa a ser o meu remédio para conviver.
Algumas pessoas dizem que tenho paciência de jó. Pode até ser. Mas o que me vem à cabeça quando alguém me procura para conversar é que aquela pessoa está precisando ser ouvida, escutar algo que irá lhe fazer bem. E não me custa nada. Confesso que algumas vezes nem estou com tanta paciência no momento, mas acho importante dispor de alguns minutos para conversar. E isso é bom até para mim, que por algum momento acabo esquecendo dos meus problemas. Já passei várias madrugadas aqui na net, conversando com alguém que estava precisando desabafar. Muitas vezes, na minha análise da situação,acabo falando o que não querem ouvir, mas acho que por ser assim,não ficar apenas concordando com tudo o que dizem ou falando aquilo que querem ouvir, é que estas pessoas me procuram para conversar. Penso até que deveria ter feito psicologia ao invés de jornalismo. E olha que isso vem há muito tempo, não apenas aqui na net,mas na minha vida pessoal mesmo. Quantas e quantas vezes, no meu antigo trabalho, pessoas chegavam até mim para conversar,para falar dos seus problemas, pessoas que eu nunca tinha conversado antes. Mas eu as ouvia. Muitas vezes calada, mas apenas o fato delas terem alguém para escutá-las já lhes fazia bem.
Aí eu penso nas relações que surgem aqui na internet, amizades, namoros, enfim, todo o tipo de relação possível. Tudo começa por uma carência. Carência que faz parte das vidas das pessoas. Carência de atenção, de ter alguém disposto a ouvir,a compartilhar e muitas vezes é aqui que encontramos quem nos entenda, quem pode compartilhar momentos, não apenas de brincadeiras, mas compartilhar momentos em um todo.
Sabe, nem sempre é fácil manter um sorriso no rosto. Conversar futilidades o tempo todo cansa. E eu realmente estou cansada. Muitas vezes tenho vontade de falar aquilo que sinto, mas isso não é possível ou porque sei que a pessoa não vai dar a mínima atenção ou porque ela não será capaz de entender aquilo que tenho pra dizer.
Acredito que esteja voltando com o blog exatamente por esse motivo. Poder falar, no caso, escrever, aquilo que se passa aqui dentro, aquilo que voltou a ser sufocado. São momentos distintos, mas são momentos vividos.
Hoje, lá no meu trabalho, ouvia o relato de uma pessoa sobre o final de semana e num determinado momento ela falou algo que me irrita cada vez que escuto alguém falar isso: Ah, mas o que os outros vão pensar? Perguntei se ela tinha gostado, se tinha se divertido daquela forma e ela respondeu que sim. Então, caramba, porque se preocupar com o que os outros irão pensar? A vida deve ser vivida da forma que nós queremos, da forma que nos dê prazer. Imaginar o que os outros estão falando? Não são eles que pagam as minhas contas no final do mês, não são eles que vão impor o que deve ser bom ou não na minha vida. A sociedade nos impõe regras, mas nós temos que fazer as nossas regras também. Viver a vida como queremos sem que isso vá ferir ninguém é um direito nosso. Penso assim também quando vejo relações que não estão dando certo e as pessoas insistem em manter por um motivo ou outro. Mas se não está sendo legal, por que continuar? Medo de fazer alguém sofrer? Todos sofremos.Medo de encarar a realidade? Medo do "estar sozinho"? Muitas vezes estar sozinho é a resposta.
Eu tenho medo, mais uma vez o medo.Medo de me fechar novamente em uma concha e não saber mais falar aquilo que sinto. É por isso que mais uma vez escreverei, para não sufocar e me tornar fria. Sou sentimento à flor da pele e preciso colocar isso pra fora.

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Estou de Volta

Incrível como certas coisas nos fazem falta e uma delas que fez uma falta absurda foi o ato de escrever, de deixar que as palavras saissem através dos meus dedos e deixassem seu rastro.
"Seqüelei" ( como diria a minha filha), quando deletei o meu outro blog.
Simplesmente, um dia, lendo arquivos passados, relembrando estórias vividas,não vividas,palavras ditas, palavras escritas, tantos significados, carinho, amizade, lágrimas, sorrisos, brincadeiras, paixões... algo se quebrou dentro de mim ao perceber que algumas coisas se perderam no caminho e não consegui encontrá-las. Algumas coisas que alí estavam me fizeram sentir estranha e depois disso não estava mais conseguindo escrever, é como se tudo aquilo tivesse perdido o sentido para mim. Acho que na verdade, encerrei um ciclo da minha vida quando deletei o Meu Canto. Ele começou em uma fase difícil e hoje muita coisa mudou. Sinto que virei mais uma página da minha vida. O Meu Canto não existe mais e agora tenho apenas Palavras ao Vento. Palavras que deixarei por aí, para quem quiser ler.
Não mudei, continuo a mesma sentimentalóide de sempre, sonhando, acreditando ou às vezes desacreditando...rs....querendo viver, brigando se preciso for, querendo amar e ser amada, aprendendo e também quebrando a cara, resumindo, vivendo!
Esse tempo longe serviu para me recompor, me renovar. Foi uma pequena pausa, um recesso.
Acredito que todos que lidam com palavras, sentimentos, pensam em fazer esta pausa em algum momento da sua jornada.
Para mim, escrever é vital, é como o ar que respiro. Esta falta de inspiração que se apossou de mim, me deixou angustiada. Mas esta semana algo aqui dentro aflorou e meus dedos estavam ávidos para passear neste teclado e deixar livre tudo aquilo que deixei preso durante este tempo.
Não sei até quando ficarei. Não quero fazer disso uma obrigação, quero que seja mais uma vez o lugar onde possa vir quando sentir necessidade. A obrigatoriedade me angustia. Gosto de me sentir livre para fazer o que quero, o que gosto. Ainda mais em algo como blog, que o prazer é a nossa recompensa. Não apenas o prazer de escrever, mas o prazer de encontrar pessoas com quem possamos compartilhar estas palavras. Pessoas que passam a fazer parte da nossa vida. Adoro a troca de idéias que isso proporciona. Gosto de saber que as pessoas que gosto passam por aqui para ler e deixam o seu rastro também. E confesso... no outro blog sentia a falta de pessoas que em algum momento se tornaram importantes e que por muitas vezes foi motivo de inspiração. Mas da mesma forma que eu não suporto a obrigatoriedade não posso pedir isso para ninguém...rs.
É, estou de volta! Hoje foi apenas uma introdução..rs...tenho que terminar um trabalho. Mas volto, ah, se volto!