domingo, 8 de janeiro de 2006

AUTO ESTIMA

Estou viajando hoje, tive uma noite péssima sem conseguir dormir por causa de uma crise alérgica mas queria deixar algo aqui até voltar. Sem condições de escrever algo, li um texto e resolvi publicá-lo aqui. Tem muito a ver com tudo que costumo escrever.

É um texto longo, mas você pode ler um pouquinho hoje, mais um pouco amanhã...ficará aqui pelo menos uns 15 dias....rs.

Beijos a todos e até a volta!!

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Auto-Estima:: Elisabeth Cavalcante ::

A cada final de ano costumamos mentalizar tudo aquilo que desejamos para o ano que se inicia. É natural que ao fazê-lo desejemos para nós aquilo com que todos sonham: saúde, paz, amor e segurança material.

Entretanto, gostaria de relembrar a importância de trabalharmos nossa mente sobre algo essencial, sem o qual não alcançaremos nenhum desses objetivos: a auto-estima. O amor por si mesmo é o principal atributo que um ser humano deve cultivar ao longo da vida. Entretanto, por incrível que possa parecer, pouquíssimas pessoas no mundo são estimuladas desde a infância a reconhecer suas qualidades e talentos e a ser condescendente com as próprias falhas.

A maioria de nós cresce preocupada em satisfazer as expectativas que o mundo alimenta a nosso respeito. O conceito que as outras pessoas têm sobre nós se torna uma verdade e uma crença absolutas que acabam determinando o grau de auto-estima que teremos ao longo da vida. Este sentido de valor será responsável por nosso sucesso ou fracasso, nossa saúde ou doença e o grau de realização afetiva que conseguiremos alcançar.

Visto que a auto-estima e o valor que atribuímos a nós mesmos se revestem de tal importância, me parece que esta deva ser a principal meta de qualquer ano de nossa vida. Portanto, sugiro aqui, que ao iniciarmos mais um ano meditemos de forma sincera sobre o quanto temos trabalhado para fortalecer nossa auto-estima e a confiança e admiração que nutrimos por nós mesmos.

Aceitar a si mesmo como se é, reconhecendo as próprias limitações sem culpas ou cobranças excessivas, evitando o julgamento rígido e a falta de compaixão é um exercício a ser praticado diariamente. Perdoar a si mesmo pelos erros cometidos entendendo que eles fazem parte de nosso processo evolutivo é um importante passo no desenvolvimento do amor próprio. O importante é que saibamos exatamente onde precisamos melhorar e tentemos ir ao encontro desta conquista com perseverança e vontade.

A autoconfiança, a consciência acerca de nosso poder e de nossa capacidade criativa são qualidades que fazem toda a diferença. É no desenvolvimento destas qualidades que devemos concentrar nossos maiores esforços, pois se as tivermos em grande escala, o resto virá como conseqüência.

“Primeiro, naturalmente, você julga a si mesmo de todo modo. Nenhum homem é perfeito e nenhum homem jamais pode ser perfeito - a perfeição não existe - assim, o julgamento é muito fácil. Você é imperfeito, assim, há coisas que mostram sua imperfeição. E, depois, você fica com raiva, com raiva de si mesmo, com raiva do mundo todo: “Por que eu não sou perfeito?”

Depois, você olha apenas com uma só idéia: descobrir imperfeições em todo mundo. E depois, você quer abrir o seu coração... naturalmente... porque, a menos que você abra o seu coração, não há nenhuma celebração em sua vida; sua vida é quase morta. Mas você não pode fazê-lo diretamente: você terá que destruir toda essa educação, desde suas verdadeiras raízes.

Assim, a primeira coisa é esta: pare de se julgar. Ao invés de julgar, comece a aceitar-se com todas as suas imperfeições, todas as suas debilidades, todos os seus erros, todos os seus fracassos. Não peça a si mesmo para ser perfeito: isso é simplesmente pedir pelo impossível e depois você se sentirá frustrado. Você é um ser humano, afinal de contas.

Olhe para os animais, para os pássaros; nenhum deles está preocupado, nenhum deles está triste, nenhum deles está frustrado...

... E eles todos devem estar rindo: “O que aconteceu a vocês? Por que você não pode ser apenas você mesmo, como você é? Qual é a necessidade de ser uma outra pessoa?”

Assim, a primeira coisa é uma profunda aceitação de você mesmo... Aceite humildemente sua imperfeição, seus fracassos, seus erros, suas faltas. Não há nenhuma necessidade de fingir outra coisa. Seja você mesmo: “É assim mesmo que eu sou, cheio de medo. Eu não posso andar na noite escura, não posso ir lá na densa floresta”. O que há de errado nisso? É humano!

Uma vez que você se aceite será capaz de aceitar os outros, porque você terá um clara visão interior de que eles estão sofrendo da mesma doença. E a sua aceitação por eles, os ajudará a aceitarem-se.

Podemos reverter todo o processo: aceite-se. Isso o torna capaz de aceitar os outros. E porque alguém os aceita, eles aprendem a beleza da aceitação pela primeira vez - quanta tranqüilidade se sente! - e eles começam a aceitar os outros....

O julgamento é feio - ele fere as pessoas. Por um lado, você vai machucando, ferindo-as; e por outro lado, você quer o amor delas, seu respeito. Isso é impossível.

Ame-as, aceite-as e, talvez, seu amor e respeito possa ajudá-las a mudar muitas de suas fraquezas, muitas de suas falhas porque o amor lhes dará uma nova energia, um novo significado, uma nova força. O amor lhes dará novas raízes para se erguerem contra os ventos fortes, um sol quente, a chuva forte

.Se apenas uma única pessoa o ama, isso o faz tão forte, que você nem pode imaginar... O coração abrirá por si mesmo. Não se preocupe com o coração. Faça o trabalho preparatório”. OSHO, The Transmission of the Lamp