Andei sem tempo para atualizar estes dias, mas estou aqui. Final de semana agitado,desopilando, rindo e dançando muito.
E por falar em dançar, entrei no túnel do tempo, e relembrei várias fases da minha adolescência através da música. Se alguém teve paciência para ler alí ao lado um pouco (?) sobre a minha pessoa, viu que adoro música. E acredito que cada um tenha sua trilha sonora e várias fazem parte da minha. Música marca demais os acontecimentos. Basta ouvir para lembrar de algo ou de alguém( do mesmo modo acontece com perfumes).E sábado pude viajar um pouco nas que fizeram a trilha da minha adolescência.
Sou mais uma que fez parte da geração 80. Muitos falam que esta foi a pior década no que diz respeito a música, cultura, moda(bom, quanto a este quesito, tinha realmente muita coisa esquisita, aquelas ombreiras, cortes de cabelo que pareciam cachorrinho poodle...), mas não vejo por aí. Como em toda década, ela tem suas características marcantes e me deixou saudade. Nessa época surgiram grandes bandas nacionais que continuam até hoje fazendo sucesso. Claro que, com o passar dos anos, passadas as décadas, elas se moldaram para atingir a qualidade e sucesso. Grandes sucessos da década de 80,hoje são regravados em versões acústicas e muito bem aceitas pelo público.
Paralamas do Sucesso, Titãs, Ira, Engenheiros do Hawai, Kid Abelha,Barão Vermelho,Ultraje a Rigor, Dr. Silvana, Legião Urbana,Leo Jayme,Blitz, RPM,U2, The Smiths, The Police, Tears for Fears, Bruce Sprigsteen, The Cure,Sting...nossa, se for colocar todas as bandas que fizeram parte dessa minha trilha, não teria espaço para mais nada.
Na minha adolescência, em Petrópolis,frequentava um clube chamado Petropolitano e a minha turma de amigos era maravilhosa, daquelas que agitavam todas, participavam de tudo e lá era o nosso "point". Na verdade,o clube era a nossa segunda casa. Todos os finais de semana, principalmente no verão, tinha um show. Assisti a todos! Não só assisti como também tive a oportunidade , junto com uma amiga, de dar uma surra de sinuca e totó em Herbert Vianna e Baroni, dos Paralamas do Sucesso. Além de ver a minha mãe conseguir tirar a patricinha da Paula Toller do sério..rs.
Minha mãe, tinha ido almoçar no clube e esbarrou com eles na saída e disse:
Minha mãe:-Ah, vcs são " os Kid Abelhas e os Jerimuns Selvagens"?
( os outros integrantes da banda caem na risada menos a esnobe)
Patricinha Esnobe Enjoada Toller: - Não minha senhora, somos Kid Abelha e os Abóboras Selvagens...( com aquela cara de nojo)
Minha mãe ( que não presta..rs): - Não minha filha, é jerimun..
( o pessoaL da banda se esbugalhando de rir e Patricinha Toller ficando irada)
Patricinha Esnobe Enjoada Toller: -Olha , a senhora está enganada, não somos jerimuns e nem sabemos o que é isso
Minha mãe: - Olha minha filha, se vc não conhece o problema é seu. Só que a abóbora é minha e eu chamo do que quiser e na minha terra abóbora é jerimun, então....vcs são Kid Abelha e os Jerimuns Selvagens.E vamos falar a verdade, a banda fica melhor só com os Jerimuns, porque essa abelha é muito chata.
Bom..rs..não vou colocar todo o diálogo, até porque não me lembro de tudo, mas guardo esse trecho desde os meus 14 anos.E só vendo a cara da Patricinha Esnobe Enjoada Toller para se deliciar com a cena.
Posso dizer que vivi bem a minha adolescência. Uma época que marcou bastante, com muitos acontecimentos bons e ruins, pois foi nessa mesma época que perdi o meu pai,foi nessa época que tive que abandonar uma carreira de bailarina, também foi nessa época que tive que sair da cidade que adorava, da vida que adorava, para ir para outro lugar com costumes, hábitos e pessoas bem diferentes daquela em que vivia. Foi difícill sair do Rio naquela época e morar em Recife. Lugar lindo mas com pessoas retrógradas, preconceituosas, até mesmo um pouco atrasadas. Completamente diferente de hoje em dia, onde a velocidade das informações é absurda ( ainda bem!) e as diferenças não são tão gritantes, apenas um pouco maior no interior, devido a rigidez de costumes ainda arraigados no âmbito familiar. Tanto que hoje considero Recife, um Rio de Janeiro do nordeste. Além do crescimento, além do berço cultural, a violência também é absurda..rs...mas com o passar dos tempos, naturalmente, a mentalidade foi se adaptando a todas as mudanças.Por isso hoje, se eu não voltar para o Rio, Recife é a cidade que quero morar.
Gosto muito destas lembranças.Lembranças boas nunca são demais. Claro que não podemos nos atrelar a elas ou viver apenas delas, mas elas dão aquele sopro de nostalgia e felicidade em momentos da vida, ah se dão...rs
Queria falar sobre o filme que assisti ontem mas ficaria enorme e segundo o que li outro dia, textos assim não são lidos pelo blogueiros..rsrs...mas o que fazer se gosto de escrever??? Então deixarei para comentar no próximo.