terça-feira, 13 de dezembro de 2005

TRANCANDO E PERDENDO A CHAVE



Mais um ano está chegando ao fim. Como passou rápido.

Não posso dizer que foi um ano promissor, mas também não foi de todo ruim. Agradeço por tudo que aconteceu, até mesmo os tropeços que dei.

Nos últimos dias comecei a refletir sobre experiências, atitudes que se tornaram recorrentes na minha vida e principalmente no campo sentimental. Percebi o quanto algumas atitudes só me levam para o buraco e resolvi que tenho que mudar.

Bom, isso já é um ponto positivo. Perceber onde erro e decidir mudar.

Costumo me entregar a sentimentos que eu sei que não vai dar em nada e a única que sai ferida da estória sou eu. Ingenuidade, burrice mesmo, eu sei.

Tem uma frase que diz: Esperança é arriscar-se a ter decepções. E ao ter esperanças de que alguma coisa possa ser diferente, de que de repente aquele sentimento seja recíproco, compartilhado, vem a decepção. E haja decepções...

Não adianta me apegar a estas pequenas esperanças e viver me decepcionando. Imaginar que podemos ser importantes na vida de alguém, acreditar nisso, e depois descobrir que podemos ser apenas mais uma.

A culpa não é da outra pessoa e sim minha, porque não há promessas, apenas uma entrega unilateral.

A decepção não é com o outro e sim comigo, por me deixar levar por estas situações.

Seria fácil culpar o outro quando nós somos os verdadeiros culpados.

Somos nós que nos deixamos levar.

Somos nós que fantasiamos.

Somos nós que nos iludimos.

O outro não nos ilude, nós é que ficamos cegos e preferimos criar uma fantasia.
Decidi que não quero mais fantasiar.

Entro em situações achando que calculei bem os riscos. Sim, calculados e muitas vezes subestimados e é nessa que me ferro.

Sou sentimento à flor da pele. Intensa no sentir. Mas acho que vou deixar que ele( o sentimento) se expresse apenas nos meus textos.

Resolvi que vou trancar meu coração e esconder a chave, para que nem eu saiba onde ela está.

Piegas isso, não é mesmo? Mas quem não foi piegas em algum momento da vida que atire a primeira pedra.

Estou deixando de lado o meu espírito apostador. Quando perdemos mais do que ganhamos é hora de parar de apostar, antes que seja tarde demais.

E assim pego as fichas que me restaram, saio do recinto e quem quiser ocupar o meu lugar que fique a vontade, mas lembre-se: em todo jogo alguém sempre perde.