sábado, 8 de julho de 2006

CONVIVER COM A MENTIRA É SINÔNIMO DE AMOR VERDADEIRO?



Esta semana estava "zapeando" pela TV quando paro no programa "Charme" da Adriane Galisteu, e ouço a seguinte colocação de uma das convidadas: "Quando você ama mesmo, você aceita até as mentiras!".

O debate era em cima do que era amor e o grande vilão chamado traição. Foi uma pena ter pego apenas o final do debate, mas aquilo que ouvi já me deu panos pra manga para escrever pois discutiam se era melhor saber ou não se haviam sido traídos.

Um dos convidados compartilha da mesma opinião que eu. Ele dizia que preferia saber a verdade por mais que aquilo fosse lhe provocar dor e raiva, pois para ele estes sentimetos - dor e raiva - fazem parte de um relacionamento, fazem parte do amor e foi então que surgiu a tal colocação que escrevi no início do texto.

Ninguém quer que tais sentimentos façam parte de um relacionamento, mas se pararmos para pensar sem eles não existe realidade. A vida nos faz sentir dor e raiva.

Não concordo com a colocação da convidada quando diz que aceitamos as mentiras quando amamos de verdade.O que percebo aí é que as pessoas preferem viver em contos de fada e quando se deparam com a verdade, com a realidade, estas podem trazer dor e não gostamos de sentir dor, não é mesmo? Mas acho que também não podemos fugir dela eternamente.

Viver em um mundo cor de rosa, repleto de fadas, duendes, arco-íris, príncipes encantados seria muito mais cômodo e bonito. A mentira, a dor, seriam prisioneiras nas torres mais altas do castelo encantado.

Do que adianta mentir? Ela é apenas um paliativo. Um dia acordará do sonho e perceberá que viver no conto de fadas pode não ter sido a melhor opção.A dor é essencial para o nosso crescimento porque assim valorizaremos e aprenderemos com cada situação vivida.

Não quero dizer que devemos viver na dor. Por mim seria só alegria, felicidade, Paz. O que quero dizer e penso, é que não podemos deixar de senti-la, fingir que ela não existe. Deixar de viver e enxergar uma situação porque nos trará dor.Isso não.

Algumas pessoas sabem lidar bem com a mentira, mas seria muito melhor que lidassem da mesma forma com a verdade, por mais que ela doa.

Basear qualquer tipo de relacionamento em mentiras, aceitá-las de todas as formas, para mim isso não é amar de verdade, isso é ilusão.

Quem ama aceita as diferenças e aprende a conviver com elas. Eu disse diferenças e não mentiras.

Traição sempre será um assunto melindroso. Não acredito que alguém goste de ser traído, mas sabemos que acontece com mais frequência do que gostaríamos. E quando digo traição não estou apenas falando da relação homem x mulher, falo de qualquer tipo de relacionamento, seja amoroso, pessoal, profissional, enfim, traição nunca é fácil de digerir. A forma como a encaramos é que fará toda a diferença.

Já fui traída mas também já fui a outra. Ao saber da traição senti uma dor terrível, mas aprendi com ela a me tornar mais forte e até a encarar a infidelidade de outra maneira. Prefiro saber da traição pela pessoa do que por terceiros. Uma conversa nessa hora considero até importante para saber onde erramos, mas algumas vezes já faz parte da índole da pessoa trair.Virou uma mania, um jeito de ser.

Não acredito em fidelidade. Nunca traí um namorado pois quando percebo que me interesso por alguém a primeira pessoa que irá saber será o meu parceiro, tentarei entender porque desejei outro. Quando isso acontece, pelo menos comigo, é porque a minha relação não me satisfaz mais como antes.Por isso sou adepta da boa conversa sincera ( por mais que doa).

Quando fui a outra e vivi relação assim,a princípio foi muito cômodo pois não queria compromisso mas compartilhava de momentos maravilhosos com aquela pessoa. Não era um compromisso, mas sempre, de uma certa forma, me sentia compromissada pois outros não me interessavam. Só que o tiro acaba saindo pela culatra e acaba tendo um envolvimento sentimental maior do que eu esperava aí vem o vazio. Acho que este é um bom assunto para ser abordado em outros posts.

Para concluir, repetirei o que disse anteriormente: nenhum relacionamento deve ser baseado em mentiras. A dor nos faz crescer,seguirmos em frente e até nos conhecermos melhor. A verdade, por mais que doa é o melhor remédio. Não podemos acreditar que o amor convive com mentira, isso é ilusão e das grandes.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

BRIGANDO PELOS MEUS DIREITOS

Eu escrevi um texto ontem mas não consegui publicá-lo, mas amanhã ou depois o publico.

Hoje resolvi falar sobre algo que me irrita muito que o fato de nós, brasileiros, parecer carregar a placa de idiota na testa.

Tudo bem, alguns carregam mesmo mas não vamos generalizar.

Na semana passada aconteceu algo que já havia me irritado profundamente mas resolvi procurar embasamento para poder falar com propriedade e brigar pelo meu direito.

Bom, aconteceu o seguinte. Fiz um novo plano de saúde para a minha filha pois o que ela tinha, no momento não estava dando para arcar com a despesa pois estou sem trabalho fixo. A corretora foi na minha casa, preenchemos tudo e no final vem aquelas perguntas de praxe para saber se existe alguma doença anterior à assinatura do contrato. Respondi sobre o que ela tinha e a corretora me explicou que por conta disso alguns exames teriam um prazo maior de carência. Isso eu já sabia, mas o que eu necessitava a curto prazo estava dentro daquilo que esperava.

Na semana passada foi marcada uma entrevista para uma avaliação com a minha filha. Segundo dizem é praxe isso acontecer quando alguma das perguntas tem resposta positiva. Até aí tudo bem. A médica foi bastante simpática e ao preencher o prontuário da minha filha ela coloca obesidade como doença pré-existente. Perguntei sobre as carências e ela explicou que eu ficaria dois anos sem poder fazer determinados exames qeu por um acaso poderiam estar relacionados à obesidade.

Discordei que a minha filha estava obesa e perguntei como ela chegou aquela conclusão. Ela disse com relação peso/altura. Discordei mais uma vez. Minha filha está fora do peso sim, mas ainda não está considerada obesa. Ainda perguntei se caso, dentro deste prazo de carência,ela desenvolvesse uma diabestes, ou problema cardíaco, se ela poderia fazer os tratamentos específicos e a médica disse que não.

Bom, quem me conhece sabe o quanto consigo ser chata quando não concordo com algo.

Ahhhhhh, esqueci de comentar, a médica disse que diabétes não dá em criança. Falei que ela, como médica, estava bem enganada.

Fiz que a mesma colocasse em um anexo na ficha da minha filha que eu não concordava com o que estava escrito em relação à obesidade, mas assinava pela outra doença pré-existente.

Mencionei que queria cancelar o plano e queria meu dinheiro de volta, mas negaram.

Hoje, levei um documento mostrando que minha filha não é obesa e que pelo IMC ela está com sobrepeso, mas ainda não chegou ao estagio de obesidade. A advogada entendeu meu ponto de vista e amanhã tenho outro encontro de avaliação com uma junta médica.

Não consigo ficar calada quando estou dentro do meu direito.Corro atrás daquilo que acho certoe todos deveriam agir desta forma.

No domingo aconteceu outra que valeu mais algumas "brigas" pelo direito..rs

Eu tinha que embarcar duas pessoas para São Paulo. Confirmei o vôo e tudo ía bem até chegar ao aeroporto e receber a notícia que o mesmo havia sido cancelado.

Para resumir, tentamos de todas as maneiras resolver, fui a porta-voz de uns 80 passageiros e olha que nem ía embarcar..rs.
ms a Cia aérea conseguiu fazer com que todos aceitassem ir para um hotel e esperar a resolução da empresa. O vôo sairia de madrugada ( se saísse). As duas pessoas que eu embarcaria não podiam esperar, consegui embarcá-las em outra Cia Aérea por pura sorte. Depois disso, voltei ao balcão e exigi o ressarcimento do valor integral das passagens. Ainda tentaram dizer que só dariam 70% pois era o passageiro que estava desistindo.Não preciso dizer que foi mais uma briguinha amigável e que no final tudo foi resolvido.

Só não consegui fazer com que eles pagassem meu estacionamento, aí era pedir demais....rss

Mas enfim, acho que nós não devemos deixar passar quando estamos dentro de nossos direitos.

terça-feira, 4 de julho de 2006

PEQUENOS PRESENTES E DETALHES....




Não vou falar da derrota da seleção porque já cansei desse assunto. Dormi durante o jogo porque achei melhor descansar do que perder tempo assistindo aquela derrota, afinal teria uma estrada para enfrentar durante a noite.

Ao voltar da viagem, deixei as pessoas que eu estava acompanhando no hotel e rumava para casa quando decidi mudar meu caminho, voltnado pela beira mar. Que recompensa maravilhosa.

Vi o nascer de um dia lindo e agradeci a Deus pelo belo presente que Ele nos dá todos os dias mas não nos damos conta de tamanha beleza. Desde que estou aqui foi a primeira vez que vi o sol nascer. Aquela imagem me tocou com tanta força que não pensei duas vezes: parei o carro e fui até a beira do mar, molhar meus pés e saudar o nascer de um novo dia.

Na correria do dia a dia não nos damos conta dos pequenos detalhes que podem tornar nosso dia diferente, não é mesmo?

Falando em correria do dia a dia, em pequenos detalhes,hoje pela manhã também fiquei detida em uma cena que me fez pensar mais ainda em algo que tenho pensado ultimamente( pensar em algo que tenho pensando....que redundante).

Como disse no texto anterior, estou ainda em processo de mudança e algo que aconteceu na semana passada me faz cada vez repensar minhas atitudes e palavras.

Percebo que nem sempre estou sendo feliz naquilo que falo, pois a preocupação que demonstro pode parecer uma crítica.Tudo depende de interpretação, principalmente quando já nos colocamos na defensiva ao escutar algo que o outro fala.

Isso tem me feito repensar o meu jeito de ser. Tenho que aprender a calar. Tenho que continuar apenas ouvindo, como sempre fiz. Pois muitas vezes, por parecer crítica, posso estragar uma amizade legal.

Sempre digo que não devemos mudar para agradar alguém, pois somos o que somos. Estou repensando isso também!

Vou tentar ser como todos esperam. Falar o que querem ouvir e vou dizer, aprenderei a ser hipócrita, pois parece que assim evitamos dissabores,inimizades.

Não gosto da hipocrisia.

Não gosto de passar a mão na cabeça de ninguém quando acho que não devo.

Mas o que acontece quando tomamos atitudes de sermos sinceros, de falarmos o que pensamos?

Simplesmente somos ignorados, escanteados, mal interpretados...

Mas a vida nos ensina tantas coisas. E a cada dia aprendo um pouco mais principalmente quando quebro a cara.

Não quero dizer que sou dona da verdade, porque não sou. Muito pelo contrário, cometo tantos erros,sou humana e por isso falível. Mas sempre quando falo algo me baseio na estória de vida, no que sinto e muitas vezes, quando estamos de fora enxergamos com muito mais clareza do quem está vivendo a situação.

Aprenderei a guardar o que penso. Só falarei quando realmente me pedirem.O tempo se encarregará de mostrar o caminho que deveriam ter seguido.

Sinto que isso será uma agressão a mim. Irei me ferir pois estarei tentando matar um lado meu muito vivo, presente, característico.

Mas vamos voltar a cena que vi hoje pela manhã...

Estava na praia e lá tinha uma linda garotinha construindo um castelo de areia.

Aquela cena me lembrou algo que escrevi para um amigo, onde eu desejava que a felicidade dele não fosse como um castelo de areia, mas uma felicidade real.

Fiquei olhando aquela garotinha em sua empreitada.

Ela enchia seu baldinho de areia e tentava construir seu castelo. Mas cada vez que ela tentava construir mais torres o castelo desmoronava. Os minutos passavam e ela não desistia.

Sentei perto dela e perguntei se podia ajudá-la. Ela sorriu e disse que sim.

Começamos, as duas, a empreitada. Mostrei como poderia fazer uma base mais sólida para que, ao construir mais torres, o castelo ficasse em pé.

Quando estávamos terminando de construir a fortaleza imaginada pela garotinha, construindo o muro ao redor para proteger o castelo eis que uma onda derruba tudo.

A garotinha ficou triste por alguns segundos e sua mãe a chamou. Ela disse que só ía embora quando terminasse seu castelo e desta vez ela não pensou em fazer um lindo castelo, ela queria apenas erguer um de qualquer maneira e ao invés de torres fez apenas alguns montinhos de areia. Olhou o trabalho como quem diz: não era isso que eu queria, mas já que fiz, está feito. Virou e se despediu de mim.

Sentei e fiquei olhando aquele castelo quando mais uma vez, a onda veio e levou com ela um sonho feito de areia.

Muitas vezes é assim com a vida. Construimos nossos castelos de areia imaginando ser uma fortaleza capaz de aguentar qualquer coisa, mas vem uma onda ou até mesmo o vento ou ainda uma pessoa distraída e destrói aquilo que construímos com tanto amor.

Mesmo sendo a sonhadora que sou, prefiro erguer meus castelos com concreto mesmo..rs.