quinta-feira, 6 de julho de 2006

BRIGANDO PELOS MEUS DIREITOS

Eu escrevi um texto ontem mas não consegui publicá-lo, mas amanhã ou depois o publico.

Hoje resolvi falar sobre algo que me irrita muito que o fato de nós, brasileiros, parecer carregar a placa de idiota na testa.

Tudo bem, alguns carregam mesmo mas não vamos generalizar.

Na semana passada aconteceu algo que já havia me irritado profundamente mas resolvi procurar embasamento para poder falar com propriedade e brigar pelo meu direito.

Bom, aconteceu o seguinte. Fiz um novo plano de saúde para a minha filha pois o que ela tinha, no momento não estava dando para arcar com a despesa pois estou sem trabalho fixo. A corretora foi na minha casa, preenchemos tudo e no final vem aquelas perguntas de praxe para saber se existe alguma doença anterior à assinatura do contrato. Respondi sobre o que ela tinha e a corretora me explicou que por conta disso alguns exames teriam um prazo maior de carência. Isso eu já sabia, mas o que eu necessitava a curto prazo estava dentro daquilo que esperava.

Na semana passada foi marcada uma entrevista para uma avaliação com a minha filha. Segundo dizem é praxe isso acontecer quando alguma das perguntas tem resposta positiva. Até aí tudo bem. A médica foi bastante simpática e ao preencher o prontuário da minha filha ela coloca obesidade como doença pré-existente. Perguntei sobre as carências e ela explicou que eu ficaria dois anos sem poder fazer determinados exames qeu por um acaso poderiam estar relacionados à obesidade.

Discordei que a minha filha estava obesa e perguntei como ela chegou aquela conclusão. Ela disse com relação peso/altura. Discordei mais uma vez. Minha filha está fora do peso sim, mas ainda não está considerada obesa. Ainda perguntei se caso, dentro deste prazo de carência,ela desenvolvesse uma diabestes, ou problema cardíaco, se ela poderia fazer os tratamentos específicos e a médica disse que não.

Bom, quem me conhece sabe o quanto consigo ser chata quando não concordo com algo.

Ahhhhhh, esqueci de comentar, a médica disse que diabétes não dá em criança. Falei que ela, como médica, estava bem enganada.

Fiz que a mesma colocasse em um anexo na ficha da minha filha que eu não concordava com o que estava escrito em relação à obesidade, mas assinava pela outra doença pré-existente.

Mencionei que queria cancelar o plano e queria meu dinheiro de volta, mas negaram.

Hoje, levei um documento mostrando que minha filha não é obesa e que pelo IMC ela está com sobrepeso, mas ainda não chegou ao estagio de obesidade. A advogada entendeu meu ponto de vista e amanhã tenho outro encontro de avaliação com uma junta médica.

Não consigo ficar calada quando estou dentro do meu direito.Corro atrás daquilo que acho certoe todos deveriam agir desta forma.

No domingo aconteceu outra que valeu mais algumas "brigas" pelo direito..rs

Eu tinha que embarcar duas pessoas para São Paulo. Confirmei o vôo e tudo ía bem até chegar ao aeroporto e receber a notícia que o mesmo havia sido cancelado.

Para resumir, tentamos de todas as maneiras resolver, fui a porta-voz de uns 80 passageiros e olha que nem ía embarcar..rs.
ms a Cia aérea conseguiu fazer com que todos aceitassem ir para um hotel e esperar a resolução da empresa. O vôo sairia de madrugada ( se saísse). As duas pessoas que eu embarcaria não podiam esperar, consegui embarcá-las em outra Cia Aérea por pura sorte. Depois disso, voltei ao balcão e exigi o ressarcimento do valor integral das passagens. Ainda tentaram dizer que só dariam 70% pois era o passageiro que estava desistindo.Não preciso dizer que foi mais uma briguinha amigável e que no final tudo foi resolvido.

Só não consegui fazer com que eles pagassem meu estacionamento, aí era pedir demais....rss

Mas enfim, acho que nós não devemos deixar passar quando estamos dentro de nossos direitos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito o relato. Me identifiquei com a situação apresentada. Comigo aconteceu algo um pouco pior embora assemelhe em muitos aspectos com a história. Ao contratar um plano de saúde respondi aquelas perguntinhas de praxe para verificação de alguma doença preexistente (tenho 52 anos).Informei meu peso e a minha altura. O representade da operadora se equivocou quanto a altura e na tabela de IMC apresentou obesidade. Ligaram para eu comparecer a entrevista qualificada com uma geriatra. Estranhei o procedimento mas compareci a tal entrevista e respondi aos mesmos interrogatórios a qual já havia sido submentida anteriormente, até que a médica afirmou que eu estava obesa e que isso me traria doenças endocrinológicas como hipotireoidismo, diabetes, etc.
Discordei veementemente pois estava com sobrepeso mas obesa não. Sobrepeso este que já estava sendo minimizado pois em duas semanas emagreci bastante em função de caminhadas e alimentação adequada. O mais grave foi que na tabela para eu ser considerada obesa seria ICM igual ou superior a 35 e a minha massa apresentou 30 na tabela, portanto sobrepeso sim, obesidade não. A médica foi intransigente dizendo que não podia omitir a obesidade pois era um número próximo da tabela no que tange a obesidade, portanto tinha que colocar obesa no formulário e encaminhar a operadora mas que me facilitaria dizendo que eu afirmei ter facilidade para emagrecer. Mesmo essa médica tendo me pesado e verificado que minha altura não estava condizente com o equivoco registrado no formulário da operadora, essa senhora não teve a dignidade de reconhecer o erro da operadora, uma vez que a altura estava errada e por isso o cálculo também errado, optou por ser conivente com a operadora. Saí do consultório indignada e procurei a operadora para maiores esclarecimentos e resolução da questão, foi resolvido em função do erro que perceberam ser gritante, bem como para evitar um processo pelo falta de seriedade, profissionalismo e respeito pelo ser humano pois a atitude de ambas as partes me prejudicaria imensamente quanto a assistência médica e quanto aos valores das parcelas do plano. Brigo pelos meus direitos até esgotar todas as possibilidades e ainda continuo brigando, mas sobretudo penso que a médica agiu mal pois a operadora errou pelo equivico e ela por endossar algo que sabia que estava contraditório com o meu estado de saúde,é lamentável que isso ainda aconteça na área da saúde e afinal qual a credibilidade dessa médica? Como confiar a minha saúde a uma "profissional" que não age com honestidade e respeito para com o paciente. Que Deus tenha piedade!