terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


Estou de férias!

É tão bom encher a boca e dizer F É R I A S.

Como é bom não ter hora para acordar, poder ir à praia em plena segunda-feira, não ter compromisso com nada....

Há 6 dias estou vivendo tudo isso,mas tenho que confessar: estou começando a ficar entediada...rs

Adoro o meu trabalho mas estava no meu limite. O organismo me deu sinal vermelho, ou eu parava ou parava.

Confesso diante de todos: Sou uma workaholic. Acho que deveria frequentar um grupo de workaholics anônimos para tentar encontrar a cura.

Já houve época que ser um era sinal de status. Sinal de que a pessoa era um ótimo profissional, pois fazia da empresa a sua vida.

Hoje já não é bem assim. Muitas empresas estão buscando ajudar os funcionários a equilibrarem a vida pessoal e a vida profissional. O que considero certíssimo, pois me tomo como exemplo. Exemplo do que a dedicação ao trabalho pode acarretar na vida da pessoa.

Como eu disse, amo o meu trabalho mas reconheço que a forma como eu me dedico a ele afeta as minhas relações pessoais, a minha saúde. E não culpo ninguém por isso, apenas a mim mesma.

Minha filha foi mal na escola e eu tenho uma parcela de culpa por não estar presente como deveria, cobrando no momento certo e não quando as coisas já estavam descendo correnteza abaixo.

Amigos, tirando uns 2 ou 3 , são todos da empresa, ou seja, quando saímos acabamos falando sobre o que????

Estou há mais de 2 anos aqui em Recife e não conheço metade ( metade estou sendo bastante otimista ) do que se tem para fazer nesta cidade. É um absurdo quando alguém me pede opinião do que fazer aqui e eu digo: não sei. :/

Me sinto mais à vontade na empresa do que em casa. Na verdade, no último ano passeei em casa e morei na Luan. Hora para entrar sem hora para sair. Virei cliente da Rádio Táxi. Já tem motorista que sabe de cor o caminho da minha casa.

Outro dia, lendo uma matéria que falava exatamente sobre as pessoas viciadas em trabalho, vi que essa compulsão ( porque é uma compulsão) pode ser um escudo protetor para esconder algo que não queremos enxergar, como conflitos emocionais. Tentamos suprir a falta de algo em nossa vida nos enterrando no trabalho até o último fio de cabelo.

Até há poucos dias atrás, o trabalho era o maior sentido da minha vida. Para começar a enxergar que as coisas não íam bem, tive que primeiro descobrir um problema no coração. Ele já existia mas só descobri porque comecei a sentir dores estranhas e no exame detectou um aneurisma. Nada sério(como disse o médico de confiança), pois o tenho lá desde que nasci, só que estresse demais pode não ser bom.Recomendação: menos estresse e exames periódicos só por desencargo de consciência. (Penso desta forma que é para não dar muito cabimento para doença..rs).

Alguns dias antes do carnaval, outro susto e fui parar no hospital e o diagnóstico: estresse e estafa.

Depois disso comecei a pensar e mudar as prioridades. Ou melhor, estou tentando mudar. Tenho que mudar a qualidade de vida. Ter mais tempo para as coisas simples. Curtir mesmo a vida, as pessoas....

Estou aproveitando estas férias para isso. Dar um novo rumo à minha vida para que a qualidade melhore e eu consiga fazer do escudo protetor que o trabalho se tornou, um aliado para liberar estas emoções tão reprimidas dentro de mim. Quando isso acontecer, com certeza serei uma nova mulher e quem sabe, assim, não possa atingir todas as metas simples que quero concretizar neste ano, principalmente arrumar um namorado...rsrs.

Enquanto isso, vou curtindo as minhas FÉRIASSSSSSSSSSSSS!!!!

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